quinta-feira, 31 de maio de 2012

Paisagem animalesca

A que existe atrás de mim neste preciso momento está com os pernis esticados e pescoço arrebitado. Quando se fartar da posição, dará um salto mortal invertido e mergulha de cabeça, tronco e membros na água, como se não houvesse amanhã.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Querido diário: um novo dia.

O dia começou muito bem: dei um pulo do sofá, assarapantada por serem oito e dez, sem que o despertador digital tocasse, e eu ainda de galho ferrado, ao contrário do mini-me que já tinha dado a primeira mija do dia e estava a brincar com o telemóvel sem cartão, ainda na cama. Não tomei banho antes de sair de casa, logo ninguém chegou atrasado à escola. Com os jeans usados no dia anterior e a primeira camisa que me apareceu no roupeiro, fiz-me ao dia com uma vontade tremenda de gastar dinheiro e assim o fiz: entre outros itens, comprei donuts a metade do preço; metade já voaram. Já passava das dez da manhã quando finalmente me banhei por inteiro. Após este momento íntimo de higiene, sentei-me ao PC para ler as notícias do dia, os meus blogues giros e o correio electrónico institucional, não necessariamente por esta ordem. Nada de jeito, a não ser umas certas cenas de casamentos, dedicadas à noiva mordaz cujo nome não mencionarei pois toda a gente gira sabe a quem me refiro. Ainda sentada ao PC, ultimei as actividades vespertinas, a desenvolver com as clientes habituais que primam por uma assiduidade intermitente, apesar de teoricamente ser semanal. Enquanto viajava a 130 km por hora, conversava com o mais-que-tudo sobre crucigramas. Por volta das 17:30, o mini-me foi a uma consulta de otorrinolaringologia, durante a qual se divertiu com o médico e os seus diversos diapasões (se eu lesse isto noutro lado qualquer, seria assoberbada por pensamentos macabros e de muito mau gosto), médico que tem uma assistente chata que diz aos miúdos para não mexerem em nada, ao contrário do médico que parece gostar de miúdos curiosos, vulgo, mexeriqueiros. Após gastar uma pipa de massa na farmácia num vaporizador que faz sangrar ainda mais, deliciámo-nos com uns bifinhos de atum grelhados. Ainda tenho que descobrir outras formas de os cozinhar. E daqui a pouco, a partir das nove e trinta, o rapaz terá cerca de uma hora de liberdade para destruir a casa enquanto se visiona atentamente o último episódio dum dos meus vícios nocturnos. 
E pronto, já há muitas semanas que não tinha uma quarta-feira tão relaxante. Foi um dia bom. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Querido Diário

O dia começou muito mal, ainda não eram nove da manhã. Uma discussão com dois adolescentes causada por dois motivos não muito graves, mas suficientemente graves para lhes apontar o dedo por incumprimento da regra da pontualidade, levaram a uma reacção explosiva dela e assumidamente exagerada da minha parte. Eu tenho mau feitio; ela, com menos de metade da minha idade, também e supera o meu. Foi um caldeirão perfeito, que explodiu em plena aula, e que ainda agora, dez horas depois, afecta a minha disposição. Não devia, mas pelos vistos também tenho as hormonas aos pulos.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Lá lhe demos um telemóvel

E é agora que cai o carmo e a trindade porque até há bem pouco tempo tanto pai como eu afirmávamos que nunca lhe daríamos um antes de todos sentirmos necessidade que ele tivesse um. Se ele vai sempre de boleia para a escola, e vem do mesmo modo, se na escola não precisa de telefonar a nenhum colega, pois eles estão lá todos e todos os dias, se quando é preciso a escola contactar mãe ou pai, tal é feito a partir do fixo da escola, para que raio quer um puto de 10 anos uma destas bugigangas da moda? 
Mas lá cedemos. É um Samsung baratito, que custou €6, daqueles de ecrã táctil, com mais funções do que o meu básico. E o puto diverte-se a explorar as funcionalidades daquilo, a ouvir rádio, a seleccionar os tons do despertador, das chamadas a efectuar e a acrescentar fotos estranhas aos contactos. O pai é um pai natal com cabeça cortada mas com a barba branca, claro, o avô é um pinto amarelo deslavado, eu sou um GOOOOLOOOO!! Do Benfica!!




AHHH!!! Esqueci-me de dizer: o telemóvel não trazia cartão associado! Nem vai trazer tão cedo!

Os putos acham graça a quê hoje em dia?

A sério que ainda não descobri e lido com eles todos os dias. Riem-se das coisas mais parvas que se possa imaginar e não acham piada ao que de facto a tem. Enfim...

Troca de mensagens de mau gosto

-Olá. Estás vivo? Se não estiveres, encara isto como uma piada de muito mau gosto.
-Lamento desiludir as tuas esperanças de me encontrar finado...
-Disparate. Apenas estranhei. Ainda bem que estás vivo, pronto...
-Gastei mais uma vida mas ainda por cá ando...


(Prefiro estas piadinhas do que ouvir outros dizerem que não conhecem Monty Python.)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O melhor deste blogue são os títulos

Porque bem espremidinho, o sumo sabe a pouco ou nada. É como aqueles limões bonitos, redondos e amarelos que ainda estão suspensos do limoeiro, mas quando os usamos, aquilo até dá para chorar de tão azedos que são. Ou não. E a correria que nunca mais acaba!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Olha a gaita azul! (Só para bons entendedores)

Momentos "Marcelo de Sousa"

Tenho andado a frequentar uma actividade dinamizada por múltiplos intervenientes, relacionada com o conceito de "LEITURA". É quase como uma orgia, mas sem sexo: por vezes, estamos todos tão embrenhados no que dizemos e ouvimos dos outros e no que fazemos que nem vontade há para fazer uma pausa. Acontece que no início destas sessões tem havido aquilo que adianto no título: recomendações literárias que são do agrado da pessoa que sugere. E cada vez que a senhora sugere "isto e aquilo", para quando tivermos um tempinho ou se realmente nos interessarmos por questões neurológicas eu questiono-me: "Mas será que alguém, em período de férias, no seu perfeito juízo, vai ler isto?". Há gente para tudo. Mas nada destronará os meus policiais de férias. E por falar nisso, alguém sugere algo realmente fascinante?

A Rita e o Paulo em Guimarães em 2009


terça-feira, 15 de maio de 2012

Hoje fui ao teatro: "Three in One"

O teatro veio à escola e eu fui vê-lo. Parece tão fácil interpretar Shakespeare (tragedy), Jane Austen (romance) e John Buchan (thriller) e ainda deixar o público extremamente bem disposto, depois de uma hora a rir e a chorar por mais. "As aulas deviam ser sempre assim", disse um deles após a 2ª sessão. Ao qual eu respondi que as aulas deveriam ser de muitas maneiras diferentes, mas não o são. Para o ano há mais.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O tamanho importa

Depois de ler 41 páginas em 1030 possíveis, depois de ler uma frase que ocupa quase 3 páginas - sim, uma frase inteira que li, reli e voltei a ler para confirmar isto - só posso concluir que efectivamente o tamanho e peso importam. E desta vez assustam-me. Parece-me que terei que pedir prolongamento do prolongamento do prazo de empréstimo, que agora acaba a 2 de Junho do presente ano.

Estaleiro em obras

Há qualquer coisa de irritante e simultaneamente atraente nos estaleiros em obras. Vemos as estruturas mecânicas a serem assentes para brevemente serem accionadas, os materiais a serem depositados pelos cantos, a obra a evoluir devagarinho, por vezes ao sabor de factores meteorológicos e financeiros, a mão-de-obra humana de capacete amarelo e coletes protectores e sinalizadores a demonstrarem que haverá obra feita. Sabemos que mais dia menos dia, mais ano, menos ano, o resultado será visível em obra, prima ou não vai alimentando a curiosidade de quem a visiona e de quem por ela passa. Faz os observadores imaginarem o que dali poderá sair. Por isto atrai.
Irrita quando, pouco tempo após o início dos trabalhos, colocam a tabuleta "Em obras", bem visível e perto das obras, daí a sua des-necessidade. E isto irrita, pah! Apetece dizer bem alto um "Foda-se!! Outra vez?!?!".

domingo, 13 de maio de 2012

Peculiaridades da vida de aldeia

  • Na aldeia de XXXXXXXXXXX foram roubados 3 porcos.
  • Noutra aldeia vizinha, um senhor oferece €5000 a quem chibar a pessoa que roubou uma pá de porco durante a noite.
Será coincidência? Haverá relação? Obviamente que já se sabe onde estão os porcos e os seus membros.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

"Parvo, estúpido, burro, paneleiro"

Palavras proferidas durante uma aula de educação física. 
Consequência: obrigação de, na aula de educação física seguinte, melhorar a caligrafia escrevendo 500 vezes "Não devo insultar os meus colegas".
Castigo em processo de cumprimento. Para a semana há mais.
Como alguém já referiu, será um episódio inesquecível e que eu poderei contar à namorada, mas somente uma vez. Mais do que isso poderá ser insultuoso e depois a castigada sou eu.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Serviço Público

Para os pais e mães que não sabem, as provas de aferição podem ser consultadas no site do Gave, inclusive a de hoje. Pelos vistos, alguém andou por aqui à procura dela.

Tenho a cabeça feita em água após 4 horas bem intensas

"...Trata-se de um leitor implodido cuja subjetividade se mescla na hipersubjetividade de infinitos textos num grande caleidoscópio tridimensional onde cada novo nó e nexo pode contar uma grande rede numa outra dimensão (...)".

Isto é mesmo a cara de alguém que nós cá conhecemos :P

Hoje é dia de prova de aferição

É só mais um momento que não deixa pais e mães esquecerem que os filhos crescem num ápice, que todos os momentos são valiosos, que 4 anos passam à velocidade da luz, apesar de eles próprios possivelmente ainda não sentirem tal. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Obra alheia - publicada aqui pela enésima vez, desta vez sem autorização do próprio. Finou-se.

 Sai um prémio para quem adivinhar quem escreveu isto....E não vale fazer batota, óbistes???

"Coméquistocomeçou?
É extremamente curioso que essa pergunta surja agora...
O Burro, Deus e Senhor do Universo, é Pedro Oliveira, aka Pita, autor do www.souburro.blogspot.com.
A páginas tantas de alegre chat no seu sistema de comentários, quando funcionava, por mais de uma vez ele aludiu à sua natureza divina. Eu próprio o considero o Rei da Burrosfera: Burro mais Burro não há, e ele foi sem dúvida o primeiro, e será o maior, Burro blogueiro de todos.
Mas aquela cena de ser Divino fez-me questionar as minhas próprias convicções, e tentar reescrever a história tal como a conhecemos de acordo com o Mundo Pítico onde hoje nos movemos.
E assim nasceu a Burrblia – Da Origem do Mundo por Burro, à Vinda do Seu Filho à Terra, os seus Feitos e, em última análise, o seu enrabanço pela Humanidade.
É a mesma coisa que a Bíblia, mas com orelhas felpudas e pontiagudas e uma linguagem de trolha.
Assim, agradeço a todos quantos inspiraram esta magnífica obra, a quem eu mais não fiz que chular ideias, a começar pelo Deus Pita, que nunca se negou a me abrir os seus anais à minha perfurante investigação, Finúrias, Zero, Pseudo-Minhota [por respeito a quem não publiquei o episódio Minhota Madalena ;-)] e a todos os que voluntária ou involuntariamente disseram caralhadas de tal ordem que vieram cair direitinhas aqui na Burrblia.
A todos, obrigado.

(cogumeloanao.blogspot.com)
Cogumelo

Génesis

No princípio era o Verbo.
«Foda-se!», disse Burro, «não vejo um caralho. Luz!». E fez-se luz. Burro viu que a luz era boa, e fez a separação entre a luz e as trevas «assim já vejo quem como e se forem feias faço-as de noite e mais nada»; e chamou à luz dia e às trevas noite. E foi o primeiro dia.
«Criador tudo bem, mas tenho de ter um sítio onde assentar as patas e, eventualmente, aliviar o calhau. Faça-se terra, que divido das águas e do céu!». E assim foi feito, e acabou o segundo dia.
«Esta merda 'tá um bocado vazia», disse Pita, «além que 'tou a ficar com uma certa fomeca. Que da terra brotem... sei lá, coisas para comer, árvores, ervas, empadas, ou o cacete!». E assim foi, cobrindo-se a terra de verdejantes pastos e luxuriantes iguarias para Pita. E assim passou a tarde e noite do terceiro dia.
Ao quarto dia Pita olhou para o céu. «Mmmm...», disse Burro, «Acho melhor pôr um Sol lá em cima. Pelo menos durante o dia. À noite ficam só umas luzinhas, só para um gajo se orientar, não quebrar o clima e ver se consegue pontuar...». E assim fez. Ao Sol chamou... ahem, Sol, às luzinhas estrelas. E foi o quarto dia da criação.
Nasceu o quinto dia. Pita levantou-se às 11. «Da-sse! Isto está uma pasmaceira. Vamos lá a animar o estaminé. Que nasçam bicharocos, peixes e outras merdas!». E assim foi feito. Depois Burro disse-lhes «Oiçam, vocês comem as ervinhas, comem-se uns aos outros mas como me deu um trabalho do caraças criá-los agora façam-se uns aos outros, percebem? Isso, os meninos em cima das meninas e... ói, ói leoa, não refila, amocha que quem manda é o macho, ok?». E assim foi feito, multiplicando-se os animais que se espalharam por toda a terra. E Pita gostou do que viu.
Nasceu o sexto dia. Pita disse «Bem, está feito. Vou-me embora».
E olhou em seu redor. As plantas cresciam, os animais brincavam, o sol radioso iluminava os pastos verdejantes. «Náa...», disse Burro, «'tá tudo bom demais... tenho de criar o equilíbrio». E Pita fez uma grande poia. Com cuidado, deu-lhe a forma de homem. Soprou-lhe, afugentou as moscas e disse-lhe «Acorda, pá! Tás a ver isto? Fui eu que fiz. Podes mandar nisto tudo, comer ervas, bichos e o camandro, mas atreve-te a estragar o que quer que seja e eu venho cá abaixo e parto-te os cornos, percebeste?». O homem acenou com a cabeça. E falou: «Mas, Senhor Burro, e se eu quiser abafar a palhinha?». Pita suspirou, e criou uma galinha preta «Toma. Como tudo o resto, trata bem dela, não a estragues que um teu descendente ainda lhe há-de dar muito uso». O homem insistiu «Mas, Senhor, eu estava a pensar mais em... percebe?».
Pita enfureceu-se. «Mal agradecido!», exclamou, e transformou o homem em macaco. Em seguida, de uma estrela fez um ser parecido ao homem, mas sem pila. E disse-lhe: «Olha, filha, trata desse macaco durante uns quantos milhões de anos que, eventualmente, e eu sublinho "eventualmente", há de se transformar em algo parecido contigo. Não lhe podes é dar muita importância... Agora olhem, desenmerdem-se!».
Em seguida, Pita subiu aos Céus, para descansar e blogar.
E foi o sexto dia.

O Novo Pitismo (ou a Vinda de Burro para a Terra)

Do alto do seu trono celeste, Burro olhou para a Terra e desabafou:
«Foda-se, não é que me conseguiram lixar aquilo tudo? Eu ia lá dar-lhes cabo do canastro, mas ando ocupadíssimo a criar outras cenas e a tentar montar estas camas insufláveis aqui no meu palácio celestial, por isso não posso... olha, vou ter de chamar alguém...»
E o Senhor pensou.
Pita, o seu filho, apareceu:
«Caraghu, paie, antãoe num cunsegues arribar essa cama?»
Burro decidiu:
«Olha, não sei de onde desencantaste esse sotaque, mas vou enviar-te para a Terra e vais salvar aquela gente toda, certo?»
Pita resmungou:
«Fuadasse, o caralhu é que voue».
Burro concordou.
«É isso mesmo! Vou emprenhar uma Maria qualquer e, com o tempo, depois tu tratas do resto. Agora baza.»
E foi assim que Maria, mulher de José, ficou prenha de Pita, filho de Burro.
Naquela altura, havia um Rei com maus fígados chamado Herodes. Um dia acordou, deu-lhe um amók e disse:
«Pois eu vou matar tudo o que nascer nos próximos tempos, pois com essa merda da profecia da Maya que vai nascer um Rei maior que eu não posso correr riscos.»
Por coincidência, nessa noite rebentaram as águas a Maria. Ela e José percorreram toda a Galileia em busca de um hotel, mas estava tudo cheio por causa da Fórmula Camelo.
Encontraram então um humilde palheiro, com uma pequena manjedoura, onde estava uma vaca a dormir.
Maria deu então à luz um lindo burrico, pequenino, cinzentinho, com orelhas felpudas e pontiagudas.
Surgiu então no céu uma estrela, e eles vêem três Reis Magos a aproximar-se. Eram árabes e africanos, de tez escura. Maria fica aflita:
«Rápido, José, salva o nosso filho! É o arrastão!!»
E José atirou o burrico para o pé da vaca, pegou no primeiro bebé que lhe apareceu à frente, espetou-o na manjedoura, e foi assim que nasceu o presépio tal como o conhecemos e aconteceu a cisão entre o Cristianismo e o Pitismo.

A Infância de Pita

Burro cresceu uma criança saudável e feliz, sendo conhecido pelos colegas como o Orelhas.
Aos 12 anos já tinha emprenhado metade da aldeia e o pessoal correu com ele para a Galileia.
Lá espantou os doutores da Lei, (Zero e Finúrias), com a maturidade e ponderação das suas
posições, invejáveis em criança tão jovem:
- Fuoadasse, rabetas? É queimá-los! Não, isso seria ser homofóbico e discriminar as lésbicas
por isso eu... eu... olhem, fuoadamsse todos, os do Bloco de Esquerda incluídos, ó caralho. Zero e Finúrias aquiesceram e, ocultando as ganzas atrás das costas, ficaram maravilhados com tal prodígio.
Pita cresceu e operou diversos milagres, que a seguir se descrevem.

Os Milagres de Pita

Naquele tempo havia muita desgraça, pobrezinhos, pitosgas, entrevadinhos, monotesticulares e afins. E um Pita já crescido.
Certo dia, aproximou-se uma grande multidão de Pita. Mas Pita reparou num anão que estava empoleirado numa árvore. O seu nome agora não me ocorre, mas era um marreco torto anão que não tinha grande sucesso com as mulheres e que tinha vergonha da sua aparência. Este olhava para Pita, em busca de um milagre que o curasse.
Pita levantou o braço, apontou na sua direcção e disse:
- Ó anão de merda, e se fosses espreitar pró caralho?
Com o susto, o anão caíu sobre a marreca, endreitou-a e curou-se.
E a palavra foi-se espalhando.
Num outro dia aproximou-se um entrevadinho de Pita, rastejando miseravelmente.
- Senhor, curai-me, que toda a minha vida fui temente a vós e sempre me deixastes assim, paralítico.
Pita suspirou, fechou os olhos e, bradando aos céus, exclamou:
- Foda-se que isto é cada um mais cepo que o outro!! E como é que pensas ganhar medalhas nos paralímpicos? A correr, não, ó paralítico da merda??
E o paralítico foi a rastejar e veio a ser campeão por Jerusalém-B.
E os feitos de Pita correram por toda a Galileia, Judeia e Albergaria-a-Velha.
Certa noite bateram à porta de Pita.
- Senhor, vinde - disse uma voz feminina - o meu marido morreu há três dias.
Pita levantou-se estremunhado:
- Fdx...
Chegaram à casa de Lázaro.
- Foda-se, g'anda smell!- exclamou Burro. - Tão à espera de quê para o enterrar? Que se desfaça em pó para misturar com água e mandá-lo pelo ralo??
Pita virou-se para trás, apontou para uma das filhas de Lázaro e disse-lhe:
- Olha, és já tu: levanta-te e anda.
Novo milagre. Às palavras divinas Lázaro começa a erguer-se do leito de morte e sorri para o seu Salvador.
- Ai o caralhinho... - desabafa Pita. - Não és tu cota, é a chavala das mamocas empinaditas.
D'asse!! - E desfere-lhe um violento murro na mona, acabando com ele de vez.
E mais este feito foi conhecido entre as gentes.
Naqueles dias, Pita foi convidado para uma grande festa de casamento, nos idos de Julho.
Disse ele «Benditos sois vós que casais em Julho, pois a seguir entra a gosto.»
Lá para o meio da boda, acabou-se o vinho.
«Senhor!» disseram alguns dos convivas «Acabou-se o vinho!...»
Pita aquiesceu:
«E depois, ó caralho, tenho cara de pipo?»
E foi assim que nasceram as lojas de conveniência, abertas até às duas da manhã mas a partir das dez da noite só entram brancos.
Noutra ocasião, deslocou-se uma grande multidão aos arrabaldes da cidade para ouvir Pita pregar.
«Estão a ver isto?» perguntou o Senhor, «Chama-se martelo. E isto, prego. E ai de vocês de se porem a brincar com esta merda».
Então alguém se levantou e disse:
«Senhor, temos fome!» e a expressão multiplicou-se pelos milhares ali presentes.
Pita exclamou:
«Fuoadasse, não trouxeram farnel?? BIMBOS!»
E foi assim que nasceu o pão de forma que atropela galinhas.
E mais estes feitos foram espalhados aos quatro ventos...
Certo dia, Pita e os seus discípulos foram andar de barco para o meio do lago. Já na altura dava estilo. Subitamente, o céu tinge-se de nuvens negras e as águas tornam-se revoltas.
«Senhor, valei-nos! Vamos ao fundo, e nenhum de nós sabe nadá, ió»
Pita abriu os braços e disse-lhes:
«Rápido, peguem nos mais gorduchos e atirem-nos pela borda fora.»
«Mas Senhor...», interpelou-o um deles, «Sois vós 85% do lastro deste barquito...»
A voz de Burro troou por entre o vento e sobre as águas:
«Sim, anormais, mas também sou o único que consegue andar sobre as águas. Por isso desenmerdem-se ou afundasão.»
Dito isto, ergueu-se, pairou sobre o barco por momentos e, suavemente, pousou sobre as águas revoltas.
Maravilhados, os discípulos que restaram viram o seu Mestre a caminhar sobre as águas em direcção a Porto Covo, onde pespegou uma valente sarda ao Rui Veloso a ver se muda de merd@ de músicas que já ninguém o aguenta...
E mais este milagre foi comentado pelas gentes daquele tempo...
Naquele tempo, enquanto Pita espalhava a boa nova (pregando uma rasteira na jovem empregada brasileira do café), aproximou-se dele um invisual.
«Senhor!» exclamou o indíviduo invisual «Não vejo!»
«Não vês? Olha que eu também nem por isso...» respondeu Pita, espreitando para a cuequinha da brasileira que então se tentava levantar.
«Não, meu Senhor!», insistiu o indivíduo com défice visual de 100%, «Sou invisual!»
Pita então abeirou-se do indivíduo invisual e perguntou-lhe:
«És cego?»
«Não senhor, invisual!» - respondeu o deficiente visual.
«Então qual é o problema, ó caralho? Desanda-me mas é daqui, ó empata-fodas. Daisy Isabel, querida, chegue aqui...»
«Senhor, não me curais?» insistiu mais uma vez o invisual.
Pita perdeu a paciência:
«Ó meu santo caralhinho, mas afinal tens o quê, foda-se??»
O invisual pensou, pensou, e acabou por encolher os ombros:
«Nada, senhor, nada...»
A multidão explodiu em júbilo:
«Aleluia! Milagre! Milagre! Está curado!! Já não tem nada!!»
Pita olhou em seu redor e abanou a cabeça:
«Foda-se, cambada de doidos...»

As Parábolas de Pita

Noutra ocasião, Burro pegou no microfone e, virando-se para a multidão, disse-lhes:
«Obrigado por terem vindo esta noite, espero que passem um bocado agradável.»
Do meio das gentes alguém gritou:
«E elas?»
Pita franziu o cenho.
O popular insistiu:
«E elas?»
Burro forçou um sorriso.
«"Elas" quem?»
Levantou-se um animado coro de vozes:
«As parábolas! São tão boas como as brasileiras?»
«Podemos tocar?» perguntou outro.
«Temos de usar borrachinha?» ouviu-se alguém dizer.
Pita enfrentou a multidão. Com voz possante, anunciou:
«Ó que camandro, há ácaros com mais inteligência que a vossa! Parábola é uma figura de estilo, eu vou contar uma pequena história, com um determinado fio condutor e ideia subjacente, e depois vocês dir-me-ão qual é.»
Ouviu-se um grito histérico da populaça:
«É a Lucineide!»
Pita atirou o microfone para o palco e virou as costas à assembleia:
«Foda-se, não há condições...»
E foi assim que Burro começou a vida no stand-up.

O filho pródigo

Na segunda noite, já com o público mais calmo, Pita voltou ao palco.
«Então isto é assim... Havia um pai que tinha dois filhos. Um trabalhava como ó cacete, de Sol a Sol, o outro, Finúrias, passava o dia na Net e a noite nas cadelas, por assim dizer. Certo dia, o borguista desaparece com uma ucraniana e não dá cavaco a ninguém.
O pai ficou inconsolável, o filho que ficou continuou a trabalhar que nem um mouro.
Uns meses depois, Finúrias regressa.
O pai fica histérico, manda matar o melhor borrego e contrata a put@ mais famosa da aldeia e clama aos sete ventos "Alegrai-vos, pois o meu filho voltou. Estava perdido, agora encontrou o caminho. Recebamo-lo de braços abertos e com alegria!! E tu", diz, apontando para o irmão trabalhador, "vai lá limpar-lhe a cagadeira. Rápido."
E assim foi. Moral da história?»
Pita mirou a assembleia. No meio de um prolongado e sepulcral silêncio, uma tímida voz pergunta:
«Era a Lucineide?»
Outra logo a seguir:
«E a cagadeira, era daquelas tipo "cassete" das autocaravanas, só um balde, como era?»
Animados, outras vozes se fazem ouvir:
«Eu enfiava-lhe era a cagadeira pela moela abaixo, ai isso é que enfiava, o porco da merda!»
«E qual o acesso que o Finúrias tinha à Net? Sapo, Cliquém, Ió, Net Rabo?»
«E a festa, onde é? Ainda há morfes?»
Diz um popular virando-se para a mulher:
«Ó Tatyana, sua puta, então foi com o Finúrias???!!!!»
Pita olhou para a multidão, em seguida para os céus.
«Vede, meu Pai, foi por causa disto que me mandaste cá abaixo? Foda-se...»

Numa ocasião, estavam algumas dezenas de pessoas em redor de Pita.
«Senhor, conta-nos uma história!»
Pita sorriu-lhes:
«Ó seus soquitos da merda, eu não conto histórias, conto parábolas, lições de vida para ver se desenmerdam!!»
«Sim isso, isso!», responderam em uníssono.
Burro sentou-se no meio deles e começou:
«Naquele tempo...» hesitou, olhou em redor e recomeçou «Naquele tempo, existiam três... hã... discípulos. Um fez uma casa com tijolos, outro uma de madeira e o terceiro, um preguiçoso do caralho, um barraco de palha. Então, no dia do Juízo Final, apareceu o Lobo... desceu à Terra o Diabo. Soprou com toda a força e o porco, digo, o discípulo preguiçoso foi logo p´ró caralho; o da casa de madeira ainda aguentou um certo tempo mas acabou por ir p'rós porcos também. Apenas aquele que se refugiou numa casa de tijolos sobreviveu.»
Fez-se silêncio.
«E depois?», perguntaram alguns.
«E depois? Agora digam-me vocês. Qual acham que é a lição a tirar daqui?»
Nova pausa, bastante prolongada.
Uma voz tímida emergiu da multidão silenciosa:
«Que a preguiça é pecado? Que mesmo que não fosse, devemos sempre trabalhar, pois mais tarde ou mais cedo obteremos os proventos do nosso aturado labor? Que não devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, e que devemos dar sempre o nosso máximo em tudo a que nos propomos fazer?»
Todos olharam maravilhados na direcção daquela voz tímida e sensata.
Pita levantou-se e disse:
«Olha, eu sei que andas fodida com a cigarra, mas esta cena não é tua, ó formiga. Andor! D'asse!!»

A Última Sande

Pita andava cabisbaixo. Sentia que o fim estava próximo.
Uma noite, ao jantar, no meio dos apóstolos, olhou fixamente para cada um deles e disse-lhes:
«Antes desta noite acabar um de vocês há-de me foder.»
Ficaram todos indignados.
«Nunca, Senhor!...».
Burro suspirou.
«Bem, vamos lá. Este é o meu corpo e sangue...»
Foi de pronto interrompido por um dos apóstolos:
«"Corpo", Senhor? Desculpe lá, mas eu sou macrobiótico.»
«E eu vegetariano», atalhou outro.
«E eu Vegan, Senhor», disse ainda outro.
«E eu homossexual», disse um quarto.
«E eu não bebo», interveio outro.
«Por acaso não há por aí uma caipiroska?», juntou-se um outro.
«Frize, deixa jogar o Mantorra! Desculpem...»
«P'ra mim pode ser uns McNuggets.»
Pita suspirou.
«Ai o caralhinho, foda-se! Então como é que fazemos??»
E foi assim que os 13 terminaram a noite numa Pans & Company.

A traição

Quando acabaram os morfes, já na rua, um dos discípulos aproximou-se de Pita, abraçou-o e deu-lhe um lânguido e molhado beijo atrás da orelha, percorrendo com a língua toda a extensão do seu pescoço.
Pita suspirou:
«Então, sempre foste tu...»
Da escuridão surge um exército de soldados vestidos de cabedal, longos bigodes e bonés de couro, e os Village People a cantar em animada coreografia o Y.M.C.A.

A Burrificação

Pita foi levado à presença do Governador romano.
Disse-lhe Pôncio-Finúrias:
«Como sabes, por esta altura, liberto um camelo. Este ano a sorte ditou-te a ti e ao Baguarrás
«Barrabás...» ouviu-se uma voz sumida atrás dele.
«Ou isso. Vou perguntar ao povo, e o povo decide, ok? Ok. Então vá lá, ó povo, qual dos cabrões quereis que liberte, o Burro ou o Mercúrio-cromo?»
«Barrabás...» ouviu-se novamente a voz sumida atrás dele.
O povo exultou:
«Beterraba! Beterraba! Beterraba!»
Pôncio-Finúrias insistiu:
«Tendes a certeza que é o Água oxigenada?»
O povo repetiu, em delírio:
«Cá se faz! Cá se faz! Cá se faz!»
Pôncio-Finúrias reflectiu:
«Julgo que aqueles cepos não perceberam minimamente a pergunta nem sequer o que está em causa, mas, de qualquer modo, a resposta não se pareceu nem remotamente com Puta, por isso acho que querem que liberte o outro. Azarinho, Pito.»
E, virando-se para a multidão:
«Vocês escolheram! Lavo daqui as minhas mãos, até porque por mais inteligente que seja o nosso povo a inventar as canalizações, enquanto não inventar o papel higiénico hei-de andar sempre com as mãos cagadas, foda-se...»
E Burro foi levado, flagelado, gostou, flagelaram-no outra vez, foi às nuvens e, finalmente, levaram-no para o Gólgota.
Aí foi burrificado, tendo à sua esquerda um perfeito desconhecido e à sua direita o PIMpolho, sob o qual uma galinha preta chorava copiosamente.
Após algumas horas, seguindo um estertor de morte, Pita olhou para os céus e bradou:
«Pai, porquê, caraaaaaaaaaaaaalhooooo!!!.....»
E quinou.

A Ressureição

A morte de Pita deu uma barraca do caralho. O céu ficou negro de dia, um frio que não se podia e, meus amigos, aquilo para as partilhas foderam-se todos uns aos outros e já ninguém se aguentava.
Até que, para quebrar a tensão, disse um dos apóstolos:
«Eh, man, e viram ali o traidor a balançar?? Aquilo é que foi, dois dias ali a abanar o capacete pendurado pelo pescoço numa figueira! E quem seria o "Ajudem-me" de quem ele tanto falava?»
«Sei lá...» disse outro «algum dos amiginhos rabetas dele. Isto um gajo não conhece mesmo as pessoas, fuoadasse...»
Voltou o primeiro:
«Agora por fuoadasse, onde é que enterraram o Mestre?»
«E eu é que sei? Depois de o pregarem na cruz fui ver o traidor a balançar, caguei no resto...»
Entretanto, num sepulcro não muito longe dali, Burro despertava:
«Será que já passaram 3 dias? Olha, que se foda! Está aí alguém?»
Não houve resposta.
Pita levantou-se e resmungou:
«Foda-se, tou todo furado, o que é que andaram a fazer comigo, voodoo? D'asse, anormais do caralho...»
Empurrou a pedra do sepulcro, viu dois soldados a sodomizarem-se à bruta e nem deram por ele.
E saíu.
Os 11 apóstolos estavam a jogar Playstation quando ouvem bater à porta.
«Olha, vai tu» disse um virando-se para o outro.
«Olha, tás mas é maluco, não vês que estou quase a passar de nível?»
«Caguei, eu estou a chegar àquele lugar em que posso usar o código para ver as mamas da Lara Croft.»
«Ó palhaço, "hádes" ser o único que nunca viu as mamas da Lara Croft. Tá bem, eu vou.»
Levantou-se e abriu a porta:
«Foda-se, caralho, putakupariu, um fantasma!!!»
Pita entrou:
«É a tua Mãezinha. Isto é assim, pessoal, a seguir vou subir aos Céus e preciso de testemunhas para o evento. 'Bora.»
Um dos apóstolos levantou-se:
«E como sabemos que és o Mestre?»
E Pita respondeu:
«Foda-se, que há sempre o caralho de um Tomé qualquer, irra! Olha, chega aqui para veres uma coisa...»
O apóstolo aproximou-se e Burro deu-lhe dois murros no focinho.
«Agora, acreditas?»
Acreditou.
Assim, seguiram todos em filinha indiana para o Vale da Porca.
Pita virou-se para os apóstolos:
«Não era suposto a partida ser do Monte das Oliveiras?»
Um dos apóstolos atalhou de imediato:
«Era, mas aquela linha hoje tá em greve, tem de ser daqui, mas depois faz correspondência mais lá à frente... ou então vai nos alternativos.»
Pita suspirou:
«Olha, foda-se, daqui também dá. Bem,» disse, enquanto os Céus se abriam para o receber «'tou no ir. Agora... Livrem-se de me fazer cá voltar. É que livrem-se mesmo, pois juro por mim que os fodo de tal maneira que lhe faço saltar os tintins pela boca, capisce?»
Os apóstolos ajoelharam-se, Pita elevou-se aos céus e nunca mais foi visto.

O Apocalápis
E é esta a história tal como se passou e eu, Cogumelo, a presenciei. Aqui, nesta ilha rodeada de nativas com maminhas que ó faxavor, registei estes eventos para recordação das gerações
vindouras.
Notai, sede sempre crentes e fiéis aos vossos ideais, por mais idiotas que lhes pareçam, pois caso contrário poderão dar força à besta, que se erguerá das profundezas do Inferno e na fronte tem inscrito... www.souburro.blogspot.com.
Um bem haja muito grande.

FIM
Cogumelo Anão Julho,2005 "

Coisas cá de casa


Os legos estão para os putos como as pontes para os engenheiros.
 Também há quem aprecie barragens sem ser engenheiro. São gostos.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Verdadeiro - Falso

As meninas Pusinko e MA (nova na casa mas parece que já me conhece desde nascença) acertaram nas minhas três mentiras. A AC acertou nas castanhas. A Mammy acertou em duas e o Roque disse uma mentira. Sendo assim, é isto: 

1.1 - Tenho um sinal castanho no pé direito. - Verdadeiro - Também tenho no esquerdo, aliás.
1.2 - Tenho cabelo castanho. - Verdade - Contudo, pinto-o de preto, portanto quem não me conheça de verdade até pode pensar que é mentira.
1.3 - A minha cor favorita para a roupa é o castanho. - Mentira -  Tenho imensas peças castanhas, mas as cores favoritas são o preto, o vermelho e o branco combinados.
1.4 - Conduzo um carro castanho. - Mentira - O meu é cinzento e nunca tive um carro castanho. Mas o primeiro carro do meu pai foi um Opel Kadett castanho. Já deve ser sucata a esta hora.
1.5 - Tenho olhos castanhos. - Verdade - Não me importava de os ter verdes, mas os genes parentais não me agraciaram com tal.
1.6 - A mobília da minha cozinha é castanha. - Ora bem, esta é verdade e mentira ao mesmo tempo: a da aldeia é castanha, a de Braga é branca. E agora?
1.7 -  Detesto castanhas. - Mentira - Gosto muito de castanhas e são frequentemente usadas nos assados quando o mais-que-tudo toma conta da cozinha branca. Muitas vezes substituem as batatas assadas.

E pronto, é isto.

domingo, 6 de maio de 2012

As minhas verdades e mentiras

A Pusinko também me tramou e porque não quero desiludir rapariga tão sensível, aqui vai disto:

1. Dizer 7 factos sobre a minha pessoa (dos quais 3 são mentira);
2. Desafiar os seguidores a descobrir quais os 3 que são falsos;
3. Fazer um post a denunciar as mentirinhas uns dias depois;
4. Passar o desafio, bem como o selo, a 5 seguidores que consideres merecedores, e a quem queiras agradecer o carinho que têm tido contigo.

1.1 - Tenho um sinal castanho no pé direito.
1.2 - Tenho cabelo castanho.
1.3 - A minha cor favorita para a roupa é o castanho.
1.4 - Conduzo um carro castanho.
1.5 - Tenho olhos castanhos. 
1.6 - A mobília da minha cozinha é castanha.
1.7 -  Detesto castanhas.

As vítimas do dia são as mencionadas em baixo:


e que não avisarei. Terão que passar por cá e dizer "verdadeiro" / "falso" em relação às afirmações de cima. Os restantes leitores e leitoras também devem dizer algo, sob pena de vos mandar um vírus informático cada vez que passarem por este blogue.
 

Pronto, OK: 2ª tarefa adiada e agora concretizada

A menina Diuska tramou-me. Portanto, sem mais comentários ao passado e ao presente, aqui vai:

1. Colocar o selo no blog. - DONE
 2. Pôr o link de quem ofereceu o selo. - DONE: Diuska

3. Escolher 5 blogs com menos de 200 seguidores, oferecer-lhes o selo e avisá-los: - HALF DONE. Ainda tenho que os avisar e desta vez só escolho gaijos, os do costume:
http://empresaportuguesa.blogspot.pt/
http://achapadanotrombil.blogspot.pt/
http://www.regradetressimples.blogspot.com/
http://digiweblog.com/blog/
http://bloga-mos.blogs.sapo.pt/

 4. Partilhar 5 factos aleatórios sobre mim - DONE
4.1 - Tenho um pequeno sinal castanho precisamente na ponta do nariz.
4.2 - Tenho um sinal de nascença castanho nas costas. 
4.3 - Tenho um sinal pequeno castanho num dos seios.
4.4 - Tenho alguns pequenos sinais castanhos em ambos os braços.
4.5 - Tenho um pequeno sinal saliente e castanho por baixo dos lábios, do lado esquerdo. 


sábado, 5 de maio de 2012

Vai-vem semestral

Na quinta-feira recebi o livro e a carta dele, tal como combinado previamente.
Há uma certa confiança que se adquire entre desconhecidos virtualmente conhecidos e  acredito que isto ocorrerá mais vezes, não necessariamente com a mesma pessoa, mas também com ele. Como ele refere, entre "pessoas de bem" permitem-se certas trocas.
Estava curiosa acerca da caligrafia. Aliás, eu gosto de ler manuscritos porque aprecio caligrafias cuidadas, regulares, com minúsculas e maiúsculas quase desenhadas ao milímetro, apesar de a minha nem sempre sair assim. E tenho imensa dificuldade em ler e perceber os gatafunhos que me passam diariamente pelas mãos.
E o livro? -  perguntam vocês. Pois o livro já o tinha lido há uns bons anitos e confesso que não me recordo dele, ou seja, há uma excelente razão para o fazer novamente durante os próximos 6 meses. Ganhou um Prémio Nobel da Literatura e se tantos o apreciam é porque não é perda de tempo. Deixo-vos adivinhar qual será...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A primeira de muitas noites

Estou a preparar-me psicologicamente para que alguém com menos 15 centímetros do que eu pernoite, pela primeira vez sem pai nem mãe, a vinte minutos, a pé, do seu quarto. Desconfio que sei quem é que não vai dormir bem nessa noite.

CREPe - sem o "e" final

Então no outro dia lá regressámos a Braga por uma nova via, cujas siglas são CREP. Raio de nome. Não podiam ter-se lembrado doutra coisa qualquer que me desse menos vontade de comer, ainda mais à hora que era? Foi antes de almoço, após uma lonnnnnnnnggggggggggggaaaaaaaaaaaaaaa manhã passada em Espinho. E perguntei ao mais-que-tudo (já sei, não leva hífens) porque raio estávamos a vir por ali, ao que ele me respondeu, com a sua calma habitual de condutor, somente pelo prazer de EU conhecer mais uma via. Como se eu tivesse algum prazer em andar em auto-estradas! E em gastar combustível a percorrer mais 19 kms do que os estritamente necessários. Voltei rezingona e só me passou quando finalmente comi um crepe à sobremesa. Com Nutella, claro.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Porquê, mas porquê?

Durante a semana, em tempo de escola, há dias em que o rapaz acorda sonolento, com vontade de lá ficar mais um bom bocado. Como eu o entendo! Ao fim-de-semana e aos feriados acorda pouco depois das 6 da manhã. O que faz? Diz: "Mãe, pai, já são horas de acordar, já é de dia" e vai para a sala ver bonecada. E eu pergunto: a partir de que idade é que as suas prioridades matinais se tornam iguais às minhas e às do pai, alguém sabe?

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

Save water, drink wine! Ando muito ecologista! E estou viva! Ao contrário da outra que deu de frosques sem ai, nem ui! E tinha muita coisa p...