sexta-feira, 14 de abril de 2006

Este tem direitos de autor, prefaciado por mim própria.

Logo no início da minha carreira virtual como blogger, e numa daquelas fases frequentes de falta total de inspiração, pedi autorização para publicar novamente uma daquelas estórias lidas online que achei genial, brilhante, extremamente bem escrita, com início, meio e fim, que fez com que me mijasse de tanto rir (desculpem lá o pormenor exagerado). O autor, pseudo-desaparecido Cogumelo Anão, chamou-lhe A Burrblia. Esta obra, escrita em honra do deus Pita e da sua nova religião, O Pitismo, se bem se lembram, rendeu milhares de euros ao seu autor e concorreu com O Código daVinci pelo 1º lugar nas prateleiras de literatura da cadeia de supermercados Modelo & Continente. Desde essa altura, o Senhor Cogumelo Anão raramente foi visto pelo mundo cibernético e desconfia-se ainda que esteja a gozar à grande e à francesa os lucros astronómicos da venda da sua obra que só não concorreu ao Prémio Nobel da Literatura Virtual porque este ainda não foi inventado. Para aqueles de vós que não fazem ideia do que estou a falar, aconselho que cliquem aqui (Arquivo - 19 de Janeiro), e dispendam cerca de 20 minutos do vosso tempo a apreciar esta pérola literária. Apesar de ser longa, como já na altura do meu post o afirmei, não é perda de tempo.
Vem isto a propósito de um dos seus capítulos que, na altura, o autor decidiu omitir aquando da publicação da sua obra, por dois motivos: 1) receio de ferir susceptibilidades religiosas; 2) consciência plena de que nessa altura da sua vida andava a passar demasiado tempo na Internet e que a publicação desse capítulo fosse o despoletar de uma crítica exacerbada e contundente do Vaticano a si próprio; 3) respeito por todas as mulheres que se chamam Maria Madalena. (ok, eu inventei o primeiro motivo - a isto se chama liberdade de expressão)
Como discípula assumida do Cogumelo Anão no que toca a Técnicas de Escrita Criativa ao Clickar do Rato, foi-me atribuída a grata tarefa de aqui e hoje publicar esse capítulo em exclusivo para vós e mais ninguém no mundo inteiro! Faço-vos um apelo: pecai durante mais alguns minutos nesta sexta-feira santa e conheçam uma outra Maria Madalena que não vem mencionada nas Sagradas Escrituras, da autoria do "evangelista mais deprimente do Mundo", como ele próprio hoje se intitula.


"O Evangelho perdido de Cogumelo: afinal, Maria Madalena não era puta

A noite de bola era sempre uma grande seca para as consortes dos habitantes daquela terra bíblica cujo nome agora assim de repente não me ocorre.

Chateada com a falta de atenção do seu marido, Pseudo-Madalena veio fumar um cigarro cá para fora.

Estava ela encostada à esquina a puxar uma passa quando se aproxima o Filho Himself:

- Bendita sois vós entre todas, porquanto doravante todas as suas colegas serão conhecidas por trabalhadoras de esquina.

Pseudo foi apanhada de surpresa e só teve tempo de se sair com um:

- Eh lá, que merda é esta?

Ele (com maíuscula, mas aqui não se nota a deferência porque foi no
início do período), sorriu:

- Sim, sim, diz-me palavrões!, sussurrou, começando a levantar a túnica.

- Ai o car#lhinho,- suspira Pseudo - isto cada um que se arma em profeta é mais idiota que o anterior...

- Vá lá!, insistiu ele, - Quanto levas?

Foi um daqueles momentos em que nos encontramos perante uma situação cuja solução pode mudar, inevitavelmente, o curso dos acontecimentos e da própria História tal como a conhecemos.

Pseudo pensou: «Bem, se chamo o meu querido, este idiota leva um enxerto de porrada de tal ordem que não sobra nada para crucificar».


Meu dito, meu feito. À porta de casa aparece a cara metade de Pseudo: pelo tamanho, era mais tipo 9/10 da mulher.

- Tá no intervalo - resmungou - Estamos a levar uma coça do Futebol Club Nazarenos.
Virou-se para Ele:
- Quem és tu, ó idiota?

-Sou Jesus, o Naz...o filho de Deus.
- Ah, és desses. D'asse que é só tarados, fod@-se. E tu mulher, que estavas a fazer-lhe?
Jesus adiantou-se:
- Ora o que é que achas? Táva aqui tava a dar-lhe uma valente piç...

-... izadela! - atalhou Pseudo, apontando para uma valente poia de cabra no meio do chão. - Vês querido, o Senhor ia pisando aquela bosta, eu só o avisei...

O Senhor ainda não tinha desistido:
- Ora essa, que quero é que me....

- Lave os pés?- atalhou novamente Pseudo - Ora essa, mas se não pisou nada ainda...

Entreolharam-se os três.

- Bem, - disse o Pseudo - anda pra dentro mulher.

E assim o pseudo-casal regressou ao recato do seu Lar.

Jesus sacou do seu gravador MP3 e ditou: «Nota: dizer aos apóstolos que tive uma escaldante noite de sexo com uma tal de Madalena e que a seguir me lavou os pés»

Desceu a rua e ainda se ouviu dizer «Ahhh... fico doido quando me lavam os pés. Ah....» "


Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

Save water, drink wine! Ando muito ecologista! E estou viva! Ao contrário da outra que deu de frosques sem ai, nem ui! E tinha muita coisa p...