Sala preta
É preciso perceber que eu fui ao Hotel Meliá de Braga em trabalho, a um sábado de manhã, quando o que me apetecia mesmo era estar na cama. Não houve visitas guiadas aos quartos, comandadas nem pelo director geral do sítio nem ninguém bem apessoado, if you know what I mean . Portanto, as breves incursões que fiz pelos espaços a que acedi foram por minha iniciativa, sempre receando ser advertida por alguém de serviço. Nunca aconteceu. As escadarias de mármore branco que dão acesso ao piso imediatamente superior, onde se situava a tal sala negra, quase cegam uma pessoa e vi-me subir degrau a degrau sempre a olhar para baixo, para não tropeçar e fazer figurinha ridícula em tal ambiente de luxo e impecavelmente limpo, sinal de que eu seria mais uma saloia naquele sítio a que não pertenço. Ora, uma pessoa deve andar com uma postura segura, confiante, mas não foi o meu caso naqueles 20 ou 30 degraus. Nos diversos espaços por onde passei havia amostras de natureza diversa: jóias, re...