Sou invejosa, pronto. Invejo pessoas, palavras, situações, objectos, momentos. Mas invejo sobretudo palavras e frases ditas por terceiros que, quando as leio, espelham quase ipsis verbis os meus pensamentos, que não verbalizei ou claramente ou atempadamente. Fico fula!
Apenas um exemplo do livro de mesinha de cabeceira: "O Facebook é o aparelho digestivo dos modernos. É o intestino da alma. É feito para os activistas de sofá. Exige zero de compromisso. Basta estar ligado.", in Cemitério dos Prazeres, de Pedro Boucherie Mendes, que, sem o conhecer de lado nenhum, começo a achar que ele escreve umas verdades com pés e cabeça.