O petiz gosta de coleccionar cromos. Neste momento anda a completar a sua quinta caderneta temática e praticamente todos os dias consegue trocar os repetidos com colegas na escola. Nada de anormal até aqui, pois possivelmente todos nós fizemos colecção e troca de qualquer coisa quando tínhamos a idade dele.
O que eu já acho estranho mas bastante divertido é haver pela cidade de Braga pontos de troca de cromos, especialmente concorridos ao fim-de-semana, nas manhãs de sábado e domingo: quiosques de venda de jornais, revistas e afins, cercados por miúdos e graúdos; surpreendentemente a presença destes é maior do que a daqueles. Mais homens do que mulheres, muitos na casa dos 50 e, rodeados de pais, mães, criançada, a perguntarem por números, a trocarem papéis, a darem maços altos de cromos uns aos outros, sempre num ambiente acolhedor, descontraído mas organizado, de convívio, onde não só se troca, como se dá e recebe mais do que se recebe e se dá, sem que alguém fique a perder e onde a manhã termina com um "até sábado que vem". É a velhinha transação comercial directa, a provar que ainda há negócios transparentes que não exploram ninguém. É giro de se ver. Para a próxima tiro foto dos intervenientes!