Gostei, bastante. Quase duas horas que voaram sem que o ritmo ou o interesse baixassem. Continuo a não gostar dos intervalos.
O final surpreendeu-me, mas agora olho para trás e acho que não deveria ter surpreendido. As 4 personagens, mestres da ilusão, não evoluem muito, individualmente, mas como grupo, encaixam bastante bem. Gostei do ar de sabichão do Morgan Freeman cuja sabedoria vai, afinal, por água abaixo, por trás das grades. Gostei da ideia "Robin Hoodesca" dos espectáculos. As piranhas assustam, mas são pura ilusão. A inclusão da polícia francesa, com inclinação para acreditar no racionalmente e logicamente inexplicável, veio efeminizar um cenário algo másculo e fazer o espectador questionar-se se ela pertence aos "bons" ou aos "maus". E afinal também ela tem segredos trancados a cadeados. E Paris é uma cidade bonita! E cada vez mais os filmes expoem a teoria Orwelliana de que há, efectivamente, algo ou alguém a espiar-nos, e que até o nome do nosso animal de estimação pode ser a chave para um crime perfeito!