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A mostrar mensagens de julho 26, 2006

As noites

À noite apreciava imenso sentar-se em frente ao Atlântico, sem pensar em grandes preocupações, só a viajar mentalmente ou a deixar o seu corpo relaxar estendido na rede brasileira que milagrosamente tinha conseguido pendurar na sua ínfima varanda da sala. O mar fazia-lhe falta. O vento e o barulho das ondas, lá ao longe, embalavam-na e levavam-na e escrevinhar o turbilhão de imagens e ideias que a assolavam durante as longas noites. Se por vezes apenas rabiscava umas imagens aparentemente sem sentido para um qualquer estranho, outras vezes, deliberadamente, desenhava formas humanas, caras expressivas, pares de pessoas, quase sempre a sorrir, em harmonia. Havia noites de verão em que gostava de fazer um exercício de palavras tão infantil que quase sentia vergonha de si própria por ainda revelar tais hábitos de criança: o encadeamento e associação de palavras que só para ela faziam sentido. Ultimamente, estas associações resultavam numa corrente algo mórbida e deprimente. Tinha perfeita ...

Orgulho de mãe

Estou super-hiper-orgulhosa do meu filhote lindo! Hoje portou-se como um homenzinho. Depois duma primeira experiência desastrosa há cerca de um ano atrás na vã tentativa de o levarmos ao cinema pela primeira vez, hoje, pela segunda vez, fi-lo e consegui. Aguentou estoicamente estar mais de duas horas numa sala às escuras. Resistiu a levantar-se constantemente do lugar para ir vadiar. Saiu da cadeira apenas uma vez para ir fazer xixi. Não falou demasiado alto demasiadas vezes. Repetia algumas das falas, é certo, mas prestou atenção ao filme, riu-se, vibrou, saltou, surpreendeu-se, ficou satisfeito com o final e amanhã já tem novidades para contar à Patrícia e aos amiguinhos.