quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Continuando com os espelhos







Digam lá, caras leitoras, se um espelho destes em casa não dava imenso jeito para aquelas alturas do mês em que andamos, vá lá, menos bem dispostinhas: qual de nós é que não gostaria de ser brindada com um reflexo destes, onde os nossos atributos físicos fossem justa e realmente realçados. Vá, maridos, amantes, companheiros e amigos coloridos: sejam espelhos para as vossas parceiras. Vão ver que elas refilam bem menos e até vos fazem as vontades quase todas!

Cá em casa é assim. E na vossa? (bem, nem eu sou loira nem ele é careca, de resto, é quase igual)

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Rendi-me ao "Sitemeter"

É verdade! Sou uma fraca!
Ando aqui há mais tempo do que a média blogosférica prevê e nunca me tinha lembrado de tal, apesar de o ver no dos outros. Desde a semana passada que não resisto a saber quem me visita, de onde vem e quanto tempo fica, o que procura quando aqui aterra, para onde segue, qual o servidor, qual o IP...enfim, uma panóplia de inutilidades que só me fazem perder ainda mais tempo com blogs, nomeadamente o meu. Fiquei a saber de bloggers que me visitam e me linkaram -o que é sempre agradável - e de cuja existência eu nem sabia anteriormente. Fiquei a saber quem são os meus "clientes" diários e os ocasionais. Fiquei a saber que até na China este blog é lido (como é que é lido é que já não sei). Fiquei a saber uma série de coisas chatérrimas e que não me servem para nada. Conclusão: amanhã, se ainda souber mexer na template, e porque o "sitemeter" prostitui o meu blog, aquele vai de carrinho!

domingo, 28 de janeiro de 2007

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

A propósito deste frio...


...e porque dizem que as imagens valem mais que mil palavras, deixo-vos com este aviso artístico: cuidadinho lá fora, especialmente se estão ou pretendem viajar para as montanhas!



BFDS e até ao meu regresso! :)

Pergunta interdita a maiores de 25




...25 anos, não 25 centímetros! Achei necessário este esclarecimento, não vá aqui aparecer algum espertinho. Consigo lembrar-me de um ou outro, assim de repente!



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Vossemecêzes sabem quem são estes lindinhos?








quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Isto é o que se chama "não saber o que fazer ao dinheiro"

Consigo pensar em mil e uma maneiras de gastar bem gasto, na área da Educação, 25 000 Euros. Ora, esta é a quantia que o meu patrão ministerial pretende dar ao docente considerado "O Melhor Docente do Ano" (o título é meu) e que tenha contribuído "para o sucesso educativo e a integração dos alunos." Tal como a Ministra afirma, "pretendemos identificar, reconhecer e premiar a excelência", através de critérios como o "desenvolvimento do ensino experimental (será que isto referir-se-á à TLEBS, tão contestada ultimamente?) e da criatividade, a diminuição do insucesso e abandono escolares, a colaboração com os pais para a inclusão de alunos que se encontrem numa situação social problemática e a contribuição para a melhoria de funcionamento da escola".
A notícia, não sendo nova, é apenas mais uma das medidas geniais desta senhora, que quanto a mim, será sempre injusta. Não há apenas UM professor excelente neste país. Há muitos que o são, há muitos que não são tão excelentes, há muitos que são razoáveis e há muitos que são mesmo muito maus. Não vejo necessidade de atribuir este Prémio Nacional de Professores como prémio de mérito. Quem gosta do que faz, também o faz pelo dinheiro. Mas acima de tudo, demonstra todos os dias, perante o seu público-alvo, o gosto pela profissão: na sua relação com os alunos, na transmissão e troca de conhecimentos, na receptividade demonstrada às ideias e projectos dos catraios, na assiduidade, na participação em projectos escolares, etc, etc, etc. Nunca irá sentir-se condicionado e aliciado na sua conduta por um prémio bastante avultado, atribuído anualmente, que seria melhor empregue, por exemplo, na reparação de instalações escolares ou no fornecimento de refeições / lanches em escolas onde tal ainda ou não acontece. A escolha final do júri nunca será isenta, visto não ter observado in loco o trabalho diário do premiado. A sua escolha basear-se-á na leitura e análise de candidaturas emitidas por terceiros. Candidaturas essas que, quanto a mim, só virão demonstrar o grau de compadrio e amizade íntima eventualmente existentes entre os candidatos e quem os candidata.
E por aqui termino. Como alguém diria, já estou "farta disto".

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Dirigida aos adeptos de cerveja - informo já que detesto tal bebida!


Saber-lhes-ia ao mesmo depois de verem um fino ou caneca a serem tirados daqui?

Se alguém me bufa ao fisco, leva no toutiço!

Hipótese

Fui às compras

Palavras de pessoas desconhecidas têm, por vezes, mais impacto no nosso quotidiano do que as mesmas palavras proferidas por aqueles que nos são próximos. Até no que diz respeito à compra de livros de autores que habitualmente não lemos.

domingo, 21 de janeiro de 2007

Dúvida

PUB descarada - re-editado

Gostam de policiais perversos, com personagens obscuras e depravadas, com algum (bastante) eroticismo à mistura, muito humor sexista (esta tinha que ser, manel :P), e imensas figuras que parecem retiradas duma BD americana? Tudo isto escrito por várias pessoas...Pois então, ide aqui, que não se arrependem. Comecem de baixo para cima, é o que se pode arranjar, como lá diz um dos autores. Boas leituras. Deixo-vos com o prefácio do autor-mor do projecto:

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À Procura das Mamocas Desaparecidas

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A ideia da história surgiu do facto de uma amiga minha inglesa andar sempre a dizer que não tinha mamas lol. E numa conversa com outra amiga (Midgy) para uma possivel nova história (já que esta não é a primeira)ambos achámos hilariante a ideia de que alguém lhe tinha roubado os seios. Daí não as ter. Do roubo surgiu-me a ideia de um policial manhoso, gabinete de detectives, e assim surge o inicio da história. Depois cada pessoa foi adicionando uma nova parte, novos personagens, dando sempre um sentido incerto e surreal.

Influenciado por Benny Hill e o estilo 'nonsense' dos Monty Python, eu fui construindo alguns personagens, que têm tanto de depravado como de rídiculo. Ao assumir a sexualidade na sua variedade, fetishes, cliches como meio condutor da história e elemento principal do humor, procurei quebrar um certo pudor e preconceito que penso cada vez menos existir na sociedade mundial, mAs que ainda bloqueia muitas mentes no que diz respeito no lidar com o universo da Sexualidade. (Brincando com o assunto sempre se fala de coisas sérias :)

A verdade é que com a variedade de escritores, uns com mais ou menos jeito, estilos diferentes ou parecidos, a história foi ganhando alguns contornos inesperados e surpreendentes. De tal maneira que ainda não existe um fim.

Como tive vários pedidos para traduzir a história que practicamente ajudei a criar e a construir ( e orientei do principio ao fim) criei esse espaço alternativo para o publico luso-brasileiro.

Pode não ser leitura de 5 estrelas, mas tem muitos momentos bem engraçados que me deram muito gozo escrever e ler.

M.

sábado, 20 de janeiro de 2007

Sabem do que é que eu gosto?

Dos fins-de-semana na casa de Braga, onde não se faz (quase) nada, onde não há horários para nada e ninguém se chateia com nada!
Dos outros meus gostos, remeto-vos para aqui e aqui, ambos já antigos, mas os gostos mantêm-se.

AWWWWWWWWWWWW, tão queridos!




Já nascem ensinados, é o que é!



sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

27º

Os seus cinco sentidos diziam-lhe para continuar alerta o mais tempo possível, enquanto permanecesse naquela localidade do norte. A morte parecia rondar a vizinhança, o que se confirmava pelos 3 assassinatos ocorridos nas duas últimas semanas, sob o negrume das noites. Nem a voz do polícia que fazia a ronda nocturna e o seu eco o deixavam mais sossegado perante o que já tinha sido amplamente noticiado.
Os corpos eram deixados nos degraus duma soleira dum qualquer café, com as suas formas carnudas, redondas e desnudadas totalmente visíveis. Sexo parecia ser o móbil do crime. As vítimas, todas elas do sexo masculino, apresentavam arranhões no peito, marcas vermelhas nos pulsos e escoriações nas costas e nas nádegas. O corpo de cada uma das vítimas, espelho de atrocidades homossexuais, era também a tela de pele nua onde o violador decalcava com marcador a sua marca: o desenho de uma mão grande, com dedos longos, capaz de gestos íntimos e assassinos. A audácia deste ser não terminava aqui. A roupa dos alvos a quem tirava a vida era cuidadosamente colocada ao lado destes, em retalhos, com uma pedra por cima. Não havia quaisquer vestígios de sangue nem nas vítimas nem nas suas roupas. Sabia-se apenas uma coisa: ele atacava quando as noites eram invadidas pela água que jorrava torrencialmente já há um mês. E hoje era uma dessas noites e a sua casa parecia-lhe tão longe…

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Da Morte


É o diálogo mais hilariante acerca do tema que alguma vez li. Lido pela primeira vez enquanto adolescente, re-lido alguns anos mais tarde, já adulta, nunca esquecido e hoje lido novamente, graças à paciência do Sr. António.
A Morte joga às cartas, come e bebe, precisa de dinheiro para se alojar num hotel, lê jornais, usa calçado, é desastrada, tropeça, escorrega, cai, sente dores de cabeça, sabe coisas acerca do Além, é fraca e insegura, sugestionável, subornável, "parva, cretina", como se menciona na página 204. O Nat é um cinquentão bonacheirão, com um belo futuro pela frente (pensava ele), que passa a ser um jogador ardiloso e calculista. Afinal é a sua própria vida que está em xeque.
Recomendo, a fim de darem umas boas gargalhadas: A Morte Chama, by Woody Allen - no livro "PARA ACABAR DE VEZ COM A CULTURA".

XXX - Carochinha para adultos

O Príncipe Encantado encontra-se com a Branca de Neve e pergunta-lhe:
-Quer casar comigo?
-Claro, Majestade - responde a amiguinha dos sete anões.
Então o Príncipe Encantado tira o seu membro para fora e pergunta-lhe:
-Você sabe o que é isto?
-O vosso belo (????? - os pontos de interrogação são meus) pénis, meu Príncipe - responde ela.
Desolado, o Príncipe Encantado continua à procura.
-Vou embora. Preciso de uma mulher inocente (santa ignorância!!).
O Príncipe Encantado vai a casa da Gata Borralheira e pergunta-lhe:
-Quer casar comigo?
-Claro que sim - responde a bela enteada.
O Príncipe faz o mesmo que fez com a outra. Mostra-lhe o belo dito cujo e pergunta-lhe:
-Você sabe o que é isto?
-O vosso pénis viril, meu Príncipe - responde ela.
-Vou embora. Exijo uma mulher casta para minha esposa - reclama o Príncipe.
Então o Príncipe Encantado encontra a Chapéuzinho Vermelho na floresta e pergunta-lhe:
-Quer casar comigo?
-Claro, sua Alteza - responde a mocinha.
Então o Príncipe Encantado repete o ritual de tirar o belo pénis para fora e pergunta-lhe:
-O que é que eu trago aqui?
-Isso é uma minhoquinha, meu Príncipe.
Maravilhado com a cândida e inocente Chapéuzinho Vermelho, o Príncipe Encantado casa-se com ela.
Na noite de núpcias, o Príncipe diz à Chapeuzinho:
-Isto que eu tenho aqui é um pénis, não uma minhoquinha.
E vai ela:
-Não, meu belo Príncipe. Isso é uma minhoquinha. Pénis era o do lobo mau...
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E agora pergunto eu: onde anda a Carochinha?

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Sabem o que é isto?





É uma prenda para todos vós! Não é que mereçam, porque há aí meia dúzia de vocês que não percebe patavina de Português. Eu não peço que me deixem sugestões, na caixa de comentários, de temas para eu desenvolver; eu peço que VOCÊS ESCREVAM algo sobre o que muito bem entenderem; eu peço que se coloquem na minha pele e que libertem a vossa mente e escorram literariamente sobre o que vos der na real gana. E depois de escreverem, que me enviem o resultado de tal para a minha caixa de correio. Perceberam agora??? Que cambada!
De qualquer modo, só para que não digam que não sou simpática, e apesar de ninguém, mas mesmo ninguém, ter colaborado no que pedi no penúltimo post, aqui vos deixo mais esta maravilha de terras "Alaskianas", mais precisamente de Anchorage, a capital do Alaska. Aprendam que eu não duro sempre!

Isto choca-me

(Imagem roubada do Bitaites, que, se não conhecem, deviam! O Marco não disse "nem sim, nem sopas" e como "quem cala, consente", aqui a têm!)

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Choca-me pela situação em si, choca-me por ver crianças a recolher víveres daqui, choca-me por estar colocado em locais visíveis a todos os olhos, choca-me porque eu própria viro os olhos para o lado, choca-me quando penso que um dia também eu poderei "fazer as minhas comprinhas" aqui.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Então é assim

Eu até poderia estar aqui a ser simpática e com meias medidas e sensibilizar-vos para a interacção entre bloggers, dizendo que devemos ser todos muito calorosos e visitar-nos uns aos outros, nem que seja só por cortesia, ou apenas dizer que estamos vivos e tal, ou pedir-vos o favor de fazerem o que já vão ler a seguir, enumerando as vantagens para ambas as partes. Mas...não vou fazer nada disso. Apenas vos pergunto: Se vocês fossem eu, o que partilhariam aqui? Só vale texto. Enviar para o e-mail que anda algures por aí. E sim, estou a ser macaquinha de imitação do Tozé, que, por pura preguiça bem disfarçada, promoveu esta publicação de textos de terceiros há uns tempos atrás, lá na sua sanita. O meu motivo é o mesmo, já agora...Vá, colaborem, sim?

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Há-de acontecer!


Via alguém-que-sabe-de-quem-falo, e de cujo blog roubei a imagem, que por sua vez, acompanha esta jornada, venho também eu apresentar o pedido:

Somos realmente capazes do melhor e do pior que há no mundo.

Pintos da Costa

Quando a própria Presidência proíbe as galinhas de apanharem banhos de sol, como é que os seus pintinhos não hão-de continuar amarelos?

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Xô Satanás!

Agora que a má disposição já passou - vocês não tinham notado nada, pois não? Eu sei que não :)-, nada como voltar ao normal habitual, ou seja, à parvalheira a que vos habituei. Nada como uma boa dose de porrada em alguém para nos fazer sentir outras. E mais não digo, senão ainda me acusam de violência! É que isto de ser mulher tem muito que se lhe diga. É coisa que os homens nunca entenderão - bem, alguns homens entendem, mas não estou a falar desses.
Sendo assim, nada como acabar a noite com a seguinte historieta, que prova que os homens só fazem merda (esqueçam o aspecto racista, sim?):
"Dois brancos e um negro estão num andaime, a lavar os vidros de um grande edifício. De repente o negro dá um gemido, vira-se para o branco do lado e diz:
-Ai, ai, ai! Preciso cagar, vou cagar aqui mesmo!
-'Tás maluco, pá! Vais sujar toda a gente lá em baixo!
-Mas não aguento mais, meu! Não vai dar tempo para descer!
-Então bate à janela e pede à senhora que te deixe usar a casa de banho - aconselha o branco.
E é o que ele faz. Assim que a velha abre a janela, ele voa para a sanita.
Está lá o negro, tranquilo e aliviado, quando ouve uma gritaria sem fim. Quando sai, vê que o andaime se tinha partido e os dois brancos se tinham espatifado no chão.
No dia seguinte, no velório, estão lá os amigos, as viúvas inconsoláveis e o negro acompanhado da esposa, quando chega o dono da empresa onde trabalhavam.
Imediatamente todos se calam , e o senhor começa o seu discurso dirigido às esposas:
- Sei que foi uma perda irreparável, mas vou, pelo menos, tentar aliviar tanto sofrimento. Como sei que as senhoras vivem em casas alugadas, darei uma casa a cada uma. Também sei que as senhoras dependem dos autocarros, por isso, darei um carro a cada uma. Quanto aos estudos dos vossos filhos, não se preocupem mais, pois tudo será por conta da empresa até que terminem a Faculdade. E, para finalizar, as senhoras receberão todos os meses 1000 Euros, para compras no mercado.
E a mulher do negro, já meia arroxeada, não se conteve mais e diz ao ouvido do marido:
- E tu a cagar, n'é????

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Conto erótico judeu

Isaac era milionário. Não se tinha casado para não gastar dinheiro. O seu único luxo era a sua empregada, a Jacinta, boa como o milho. Todos os dias, durante anos, quando Isaac chegava a casa, a Jacinta servia o jantar e a seguir ia tomar banho.
-
Um dia, Isaac estava a jantar e enquanto ouvia o barulho da água a correr, começou a pensar na Jacinta a tomar banho. Mastigava a comida e pensava na Jacinta a tomar banho...mastigava e pensava...até que se levantou e foi à casa de banho e decidiu bater à porta.
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-Jacinta, você está a tomar banho?
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-Estou sim, Sr. Isaac.

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-Jacinta, abra a porta para o Isaac.

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-Mas, Sr. Isaac, eu estou nua!


-
-Jacinta, abra a porta para o Isaac.

-

-Mas, Sr. Isaac, eu...

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-Jacinta, ABRE A PORTA JÁ!


-
E Jacinta lá abriu a porta ao Sr. Isaac.

-

Este entra na casa de banho, vê a Jacinta nua, esplendorosa, e pergunta:


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-Jacinta, quer foder o Isaac?


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-Mas, Sr. Isaac, eu não sei... - diz ela, com voz trémula e as mãos a tapar as partes baixas.


-
-Jacinta, quer foder o Isaac ou não quer? - pergunta ele, algo exaltado.


-
-Sim, quero, Sr. Isaac - responde ela, ainda fugidia, mas resignada.


-
Então Isaac salta para cima dela, põe a mão na torneira...fecha-a e grita:

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-NÃO VAI FODER O ISAAC NÃO! CHEGA DE GASTAR ÁGUA!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

As taras do meu filho

O título deste post é enganador, porque apesar de ele já ter algumas consideráveis, hoje partilho convosco apenas uma: o prazer que lhe dá ajudar-me a aspirar a casa. Fá-lo com todo o gosto, curva-se com aquele cano enorme para chegar aos cantos mais recônditos da casa, usa aquela peça mais fininha que serve para limpar cantos e esquinas como se de um mestre se tratasse. Não tenho qualquer dúvida que, pela vontade demonstrada em nos ajudar nas mais variadas tarefas caseiras, há-de dar um excelente companheiro de quem ele quiser. Vê-lo hoje a limpar o salão cá do lar fez-me lembrar este post escrito em Março do ano transacto, que relata uma das mais traumáticas experiências da minha vida, e que me deu imenso gozo a descrever, muito mais do que a vivê-la. Pergunta do meu marido: "achas que ele vai ser o mike ou o melga"?
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"There are worse things in life than death. Have you ever spent an evening with an insurance salesman?" - Woody Allen
O que isto me fez lembrar! Tão simplesmente a pior noite da minha vida passada nesta casa! Não, não foi essa noite...Já conto. Um dia recebo um telefonema. Fui seleccionada para isto e para aquilo e blah blah blah. Acedo ao pedido feito já que me garantiram que a visita começaria por volta das 9 da noite. Assim foi. Já tinha preparado o resto da famelga para o que aí vinha...pensei eu (santa ingenuidade). Tocam à campaínha e abro a porta a uma senhora bem parecida, muito compostinha, rodeada por parafernália que, juro, nunca tinha visto na vida. Fiquei logo impressionada - mal impressionada, e pensei com os meus botões "mas que belo serão de sexta feira". E disse-lhe: "Já vi o que vem cá fazer, mas está com azar porque nós não vamos comprar nada.". Ela não se deixou dissuadir por esta minha ameaça e foi entrando. Quando a fulaninha abre a boca, emite sons com uma voz rouca, cavernosa, pior que o farol da Barra. Se há pessoa cuja voz não devem ter ouvido quando lhe fizeram os testes para a empregar, deve ter sido esta mulher! Voz essa devidamente acompanhada por um bafo a cigarro fenomenal. O cheiro não me costuma incomodar, até porque também eu padeço desse mal - mas só ao fim de semana, dizem que faz menos mal - mas esta mulher tresandava a nicotina! Aquilo até ao susto metia medo. Adiante... Já referi que na altura o diabinho cá de casa estava prestes a fazer dois anos? Não? Ok, o diabinho cá de casa estava prestes a fazer dois anos. Este pormenor é importantíssimo, já que o diabinho foi um dos motivos principais da animação dessa noite maldita. Como sabem, as crianças nascem curiosas e ainda mais curiosas se tornam à medida que crescem; gostam de tocar, saborear, apalpar, cheirar...enfim, de fazer uma séria de coisas através das quais exploram o seu mundo; então quando chegam à adolescência, é vê-los todos a espreitar pelo buraco da fechadura da porta da casa de banho quando a prima está, pensa ela sossegadamente, a aliviar-se, ou melhor, a urinar...onde é que já iam??? Sim, isto aconteceu comigo, mas é história para quando não tiver mais nada que dizer. Continuando... a minha criança não é excepção à regra. E nessa noite fez jus a esta característica infantil. Estava a dita senhora, muito simpaticamente a conversar connosco, sempre a mostrar o seu sorriso amarelo, a explicar-nos porque tínhamos sido os felizes contemplados com esta demonstração de eficácia por parte daquele aspirador mágico. É que ele fazia muito mais que aspirar, como ela veio a provar: dentro de si, do aspirador, havia uma série de objectos mais pequeninos que serviam, imaginem só, para passar a ferro, fazer massagens, limpar o pó nos cantos mais recônditos desta casa, purificar o ar da casa, e não sei mais o quê...Ora, o diabinho estava nas sete quintas dele, com tantos brinquedos novos para abanar, experimentar e estragar. Eu é que já não estava a gostar nada da conversa e de que me cortassem a palavra cada vez que queria dizer alguma coisa. Ainda mais que a casa era minha e eu estava a fazer um grande favor à senhora, permitindo-lhe que demonstrasse nas MINHAS carpetes e nos MEUS sofás o quão eficaz era aquela máquina infernal. Fui igualmente recordada que andamos a dormir sobre uma quantidade infindável de ácaros que iria invadir os nossos pulmões e as tripas e acabaríamos por morrer dentro do nosso próprio lar. Bem, desde esse dia que aquela carpete da sala não é a mesma, com tantos borbotos. Eu é que ainda não me lembrei de pedir uma indemnização por danos nos têxteis cá de casa! As horas foram passando e a criança cada vez mais barulhenta, guinchadora e irrequieta. Já passava bué da hora de dormir do diabinho e a mulherzinha, que não era cega, ainda debitava fonemas a 200 à hora. Mas que gaija tão irritante! Eu já estava quase a passar-me!! O que aconteceu - quando chegou a fase da venda. Cega ela não era, mas surda devia ser, porque apesar das milhares de vezes que lhe dissémos que não nos ia vender nada e de lhe explicarmos porquê, a puta da gaija insistia, e insistia, e insistia... pela saúde do nosso filho, por uma casa mais limpa e arejada, porque não havia nada no mercado igual ou a tão bom preço, porque era uma oportunidade única...ARRRRRRRRRGHHHHHHHHHHHHH! Saltou-me a tampa! Eu estava uma pilha de nervos! A determinada altura, era o diabinho a chorar podre de sono e eu a berrar com a mulher, a convidá-la "educadamente" a arrumar a tralha dela e a abandonar a nossa casa. O que fez, durante cerca de 10 minutos e sem nunca se calar. Alguém que calásse a máquina de matraquear! E eu ainda tive a bondade de lhe escancarar a porta e de lhe desejar boa-noite. Mas que inferno! Nesse dia descobri em mim uma faceta bastante útil: sei perfeitamente como me livrar de vendedores chatos, insistentes e que não sabem quando parar, e daquelas pessoas que nos telefonam a oferecer um conjunto muito bonito de talheres. Até o pessoal da Portugal Telecom já descobriu os meus dotes vocais, quando me inquiriram acerca de um pacote qualquer dos serviços deles. Respondi-lhes ipsis verbis: "Eu quero é livrar-me da PT para sempre, ora essa!"...É que foi mesmo assim que eu falei. De facto, basta termos as circunstâncias certas à nossa frente e somos umas verdadeiras Mrs. Hyde! Isto tudo só para dizer que partilho com o senhor Woody Allen o seu gosto por vendedores de seguros e "parceiros de negócios".

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

Save water, drink wine! Ando muito ecologista! E estou viva! Ao contrário da outra que deu de frosques sem ai, nem ui! E tinha muita coisa p...