sexta-feira, 30 de junho de 2006

Divagações - não são para entender.

Apetece-me divagar.
Sobre qualquer coisa.
Até sobre o cheiro das flores, que neste momento abunda nesta casa e que já começa a incomodar, de tão intenso que é. A minha mãe adorava flores. Não havia uma semana sem que ela mudasse os arranjos cá de casa, sempre com flores diferentes, sempre com o seu toque muito pessoal e sempre com muito bom gosto. Durante muito tempo invejei-lhe tal talento artístico. Nunca o cultivei. Mas gosto, muito, de flores. E tenho saudades, muitas.
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Hora e meia a conduzir, a deixar-me ir para sul à medida que acompanhava o céu a nublar-se, a pensar, enquanto ouvia o puto a tagarelar, que vai ser mais um fim-de-semana a voar. Já são 4 anos. É muito tempo, demasiado. Muito mais do que o que tinha sido planeado. E mais três, pelo menos, pela frente. Planos a longo prazo? Não há. Para quê? A vida prega-nos partidas inesperadas. Num abrir e fechar de olhos já cá não está ninguém que importe verdadeiramente.
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Esqueço-me de pôr de lado as tampas das garrafas de plástico das bebidas que consumimos. Lembrei-me disto hoje, mais uma vez, quando reparei numa amiga que o faz sem pensar. Já é gesto do seu quotidiano. É tudo uma questão de hábito. Tem sido assim, desde 1972. Mas este é um daqueles hábitos que ainda não adquiri. Convém dar o exemplo antes que o puto o faça a nós.
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O sentimento de culpa é uma merda. Gozam-se os bons momentos, em excelente companhia. De repente, parece que tudo desaba à nossa volta e aquelas seis ou sete horas durante as quais esquecemos a realidade são pesadamente postas para trás. E eu digo "nunca mais; não gosto de me sentir assim".
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Porque raio é que há condutores tão mal educados a ponto de me fazerem sinais de luzes na auto-estrada quando vou a 120, 130km/ hora, a ultrapassar outro veículo? Que diferença fazem mais 10 ou 15 segundos numa viagem longa? Só me apetece retardar ainda mais a ultrapassagem e dar-lhes uma buzinadela quando me ultrapassam. Sim, Senhor J.F., sou uma empata-fodas. Mas pefiro assim do que espetar-me na curva seguinte.
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Entre a cidade e a aldeia, prefiro a cidade, desde que as visitas frequentes à aldeia, continuem. Eu sei que vão. Nada como ouvir o chilrear dos pássaros pela manhã orvalhada, o ladrar constante do Oscar e saber que não há deveres a cumprir, para recarregar energias. E gosto do anonimato da cidade. Gosto de passar despercebida.
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Esqueci-me do dia de ontem, 29 de Junho. Mas o Nuno não se importa, com certeza. Temos o resto do verão para festejar e noutras terras. Estes esquecimentos estão a acontecer cada vez com mais frequência. Não que tal me incomode, já que dou cada vez menos importância a estes dias. Mas é sempre agradável ouvir alguém do outro lado. Espero que ele também não se tenha chateado muito.

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

Save water, drink wine! Ando muito ecologista! E estou viva! Ao contrário da outra que deu de frosques sem ai, nem ui! E tinha muita coisa p...