Após duas semanas de rambóia, monitorizadas por gente adulta, com vinda diária a casa da avó paterna para jantar, pernoitar e fazer ginástica localizada com os dedos, o petiz de treze anos- leia-se adolescente com 174 cm, mais 10 do que a mãe e igual ao pai em tamanho - só ontem, o último dia desta rambóia (pois as festas dele não acabam por aqui) trocou números de telemóvel com certas pessoas (continuo sem saber para que raio querem eles uma cena que serve para comunicar quando afinal raramente fazem isso uns com os outros).
Ele sabe que durante as refeições à mesa não deve usar telemóvel e que nós não gostamos que o faça. Estávamos ontem já a terminar o jantar, tardiamente, e recebe ele uma série de SMSs, que lê, mas decide não responder naquele momento. Conversa p'ráqui, perguntas p'rácolá, por parte da mãe e do pai, e ele lá vai dizendo, com um sorrisinho e olhar maroto e encabulado, que são duma rapariga que conheceu durante a rambóia, cujas últimas palavras são "vou comer, xauuu".
Não sei se me sinto preparada para esta nova fase da minha vida.