Hoje ouvi parte da Prova Oral, na Antena 3, programa diário onde o Alvim e a Xana conversam, bastante informalmente, sobre os mais variados assuntos, com convidados.
Hoje, a convidada foi uma blogger bastante conhecida na blogosfera, que está linkada ali ao lado, e que escreveu um livro que virá a público recentemente.
Gosto muito do que ela escreve no blog: é assertiva, põe o dedo na ferida, não tem papas na língua, doa a quem doer, usa bem a língua portuguesa, e não se escusa a falar dos tormentos que assolam as mentes femininas que se aproximam dos 40 anos ou que já lá estão. É uma verdadeira força da natureza.
Mas bolas!
Uma pessoa cria admiração por outra que não conhece, baseada no que esta escreve. Pensa frequentemente "Quem me dera ter sido eu a escrever isto, é que ela está tão, mas tão certa!".
E depois ouve-a na rádio. E continua a gostar do que é dito por ela. Mas começa a torcer o nariz a certos tíques linguísticos verbais, que não transparecem no blogue. Detesta a voz, da qual a dona, obviamente, não tem culpa. Mas é que a acha mesmo insuportável. E depois fica com pena e começa a pensar "Porra, ela é a mesma pessoa que escreve aquelas coisas todas tão lógicas. Como é que é possível eu não gostar de a ouvir?".
Isto é a pura verdade: era o que me ocorria enquanto ouvia os convivas radiofónicos de hoje. Que desilusão que eu senti! E ela sem culpa nenhuma!