Seja feita a vossa vontade!
Assim mato dois coelhos duma cajadada só, que é como quem diz: satisfaço os meus exigentes leitores, que reclamaram da canção anterior, e homenageio um popularíssimo cantor da música portuguesa.
Qual de nós já não fez figuras tristes enquanto ouvia as musiquinhas deste grande homem que é o Quim Barreiros? Eu associo as musiquitas dele à Queima das Fitas de Coimbra. Das três Queimas em que participei, a noite que eu mais gozava era aquela em que o Quim Barreiros visitava a cidade. Era também o finalizar de um dia árduo de exercício físico e exposição pública, vulgus, o Cortejo.
Aquilo é que era dançar sem parar! Quais pernas cansadas, quais tonturas, quais meias rasgadas, qual suor! Nada importava senão ouvir o Quinzinho a cantarolar, a tocar o seu acordeão, a dançar em palco debaixo do seu chapéu preto e a contagiar-nos com tanta alegria. Quer dizer, não que precisássemos dele, mas sempre ajudava à festa! E a Festa está aí à porta.
E se não foi na Queima das Fitas duma qualquer cidade portuguesa, foi num qualquer arraial - que nem precisa de ser minhoto. O senhor já deve ter feito mais quilómetros em tour do que a Volta a Portugal em bicicleta de 2005!
Confessem lá: há alturas do ano em que até gostam de o ouvir, não há?
Por agora, deixo-vos com este cheirinho. Se conseguir piratear a sua última música, hoje ainda ou amanhã, mudo o som do blog. O que eu não faço por vós, irra!