Desta vez fui eu que acompanhei o petiz e ainda antes de entrar, observei a carapinha negra de um rapaz preto sentado na cadeira do barbeiro. A nuca estava a ser trabalhada pelo profissional e muito do cabelo já estava no chão, mas ainda muito do que pertencia ao jovem estava no sítio devido.
A questão que coloquei ao barbeiro, depois deste jovem cliente sair e de eu própria colocar a mão naquela grande bola cabeluda encarapinhada, foi sobre o destino de tanto pêlo. Respondeu-me o barbeiro: "Lixo, o lixo normal".
E a questão que coloco é: como é que ainda ninguém se lembrou de dar um destino útil aos milhões capilares - cerca de 4 000 000 000 de euros facturados em Portugal diariamente - resultantes dos cortes de cabelo?