Tinha comprado novilho, embalado e cortado aos cubos e estava com desejos de comer massa, aquela massa grossa que acompanha as refeições pesadotas e que demoram mais de uma hora a confeccionar.
Pois bem, dito e feito. Por volta das 11 horas, eu, que detesto cozinhar e que gosto quando é o MQT a tomar conta da cozinha ao fim-de-semana, inicio os preparativos da dita refeição. Por volta das 12:30, após algumas verificações de paladar e da textura e rigidez da carne vermelha, esta ainda não estava tenrinha como eu gosto. Ainda ia demorar.
Pedi então ao meu condutor pessoal que me levasse à mesa de voto, aquela que fica ali numa das escolas grandes da cidade, numa zona caótica a nível de trânsito nestes dias. Fez-me a vontade, apesar de ele próprio não votar lá e sim bem longe, a quilómetros de distância.
Recebo o boletim e lá cumpri com o meu dever, cruzando o nome que referi antes, uns posts abaixo. É que nem me dei ao trabalho de ver os nomes e caras de outros candidatos. E de repente ocorre-me algo sobre o papel e é precisamente sobre o papel que vos pergunto: não o acharam algo pesado e grosso? E quando o dobraram duas vezes, ficou bem vincadinho? Será que não é possível arranjar algo mais fino e mais leve, avolumando menos as urnas? Até porque é papel para destruir e é, independentemente dos resultados e votos válidos e inválidos.
Conta-me o MQT que, nas eleições de Outubro, enquanto se realizava o escrutínio lá da santa terrinha, depararam-se com o voto de um eleitor que cruzou a opção "Ali Babá", a que acrescentou a justificação "porque se fazia acompanhar de menos ladrões". Este sim, teria sido boletim de voto para guardar. Agora os de hoje? Só papel desperdiçado!