Eu vi o jogo entre Portugal e México que decorreu entre as 15:00 e as 17:00 da tarde de hoje, 4ª feira. A minha profissão não me impediu de tal. Se o jogo tivesse decorrido ontem, eu já não poderia dizer o mesmo, sob pena de me penalizarem com falta injustificada e de ter que se adiar reuniões para outro dia qualquer.
Eu não meti uma tarde de férias para estar alapada em frente à televisão ou sentada numa esplanada qualquer a beber coca-cola, a comer tremoços e a dizer mal do Boa Morte. Por coincidência e alguma sorte, não tive qualquer razão que me impedisse de ver a selecção nacional a sair vitoriosa e a suar as estopinhas com mexicanos aguerridos que não tiveram a sorte do lado deles. É, o dia 21 de Junho deste ano, tal como há 20 anos atrás, não correu muito bem para os "tequilhenses".
Acho absurdo as pessoas não cumprirem com os seus deveres profissionais, interromperem o seu ganha-pão durante duas horas, meterem uma tarde de férias - como aconteceu com o meu mais-que tudo (fartou-se de me ouvir rezingar) - por causa de um simples jogo de futebol. Convenhamos: se o país anda mal e todos se queixam disto e daquilo, eu hoje também reclamo da paragem nacional que ocorreu por esse país fora!
Esta febre futebolística faz com que muita gentinha esqueça algumas das ideias que tem vindo a apregoar enquanto profissionais.
Se um dia me apetecer faltar às aulas para ir ao cinema, quero ver o que me acontece!