sexta-feira, 21 de abril de 2006

A (in)felicidade de ter um pau

(enviado por e-mail; alguém conhece o caso?)

O Registo Civil de Beja recebeu o seguinte requerimento:

Beja, 5 de Fevereiro 2006.

Eu, Maria José Pau, gostaria de saber da possibilidade de se abolir o sobrenome Pau do meu nome, já que a presença do Pau me tem deixado embaraçada em várias situações.
Desde já agradeço a atenção despendida.
Peço deferimento,
Maria José Pau.


Em resposta, recebeu a seguinte mensagem:

Cara Senhora Pau:

Sobre a sua solicitação da remoção do Pau, gostaríamos de lhe dizer que a nova legislação permite a remoção do Pau, mas o processo é complicado e moroso.
Se o Pau tiver sido adquirido após o casamento, a remoção é mais fácil, pois, afinal de contas, ninguém é obrigado a usar o Pau do cônjuge se não quiser.

Se o Pau for do seu pai, torna-se mais difícil, pois o Pau a que nos referimos é de família e tem sido utilizado há várias gerações. Se a senhora tiver irmãos ou irmãs, a remoção do Pau torná-la-ia diferente do resto da família. Cortar o Pau do seu pai pode ser algo muito desagradável para ele. Outro senão está no facto do seu nome conter apenas nomes próprios, e poderá ficar esquisito, caso não haja nada para colocar no lugar do Pau.

Isto sem mencionar que as pessoas estranharão muito ao saber que a senhora não ossui mais o Pau do seu marido.
Uma opção viável seria a troca da ordem dos nomes. Se a senhora colocar o Pau na frente da Maria e atrás do José, o Pau pode ser escondido, pois poderia assinar o seu nome como "Maria P. José".
A nossa opinião é a de que o preconceito contra este nome já acabou há muito tempo e visto que a senhora já usou o Pau do seu marido por tanto tempo, não custa nada usá-lo um pouco mais.
Eu mesmo possuo Pau, sempre o usei e muito poucas vezes o Pau me causou embaraços.

Atenciosamente,

Bernardo Romeu Pau Grosso

Registo Civil de Beja
15/02/2006

Continuando na mesma onda

Vai uma trinca na ...

Morcona

Chamaram-me "morcona".
Eu gosto da sonoridade desta palavra: enche-nos a boca, faz-nos sorrir. A junção de duas "palavras" que são usadas recorrentemente, nos mesmos contextos do amor, do sexo e dos palavrões resultou bem.
Senão vejamos: "mor" é o que chamamos com alguma facilidade à nossa cara-metade; é uma demonstração, muitas vezes pública, de carinho, afecto e interesse pela outra pessoa. "Cona" também pode e deve ser encarado como tal, já que é uma das palavras frequentemente usadas durante o acto carnal - e não só. Quando usada, demonstra o desejo que alguém sente por nós. É ordinária, e nós gostamos de ordinarices...verdade ou não? Pensem só nas salas de chat que por aí abundam, nas conversas no messenger. Todos nós já passamos por situações online em que a emitimos ou receptámos, nem que fosse apenas para exemplificar uma qualquer teoria nossa.
Contudo, "morcona", no seu significado básico, não tem nada a ver com o descrito acima. É o feminino de "morcão", uma pessoa mandriona ou palerma ou taciturna ou adepto do FCP. E isso é coisa que eu não sou, como se pode ver ali do lado direito.
Portanto...quando usarem a palavra "morcona" pensem no que estão a chamar à vossa interlocutora. Ela até pode gostar e querer ouvir mais, e mais, e mais, mais, mais...



Post-post:
Toze said...
Ó Murcona és linda caralho :)))


Que me desculpem as mais sensíveis e as mongas, mas esta frase faz sorrir qualquer uma, nem que seja só por dentro e que aparentemos ficar irritadíssimas com quem a proferiu.
Obrigada Tozé :)

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

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