O primeiro passou rápido.
O segundo foi mais lento, mas também intenso, no Jardim Zoológico. O tempo cinzento e algo fresco, de manhã, ajudou à caminhada lenta por entre as jaulas e demais recantos do Jardim. A petiz, depois duma hora e tal a acompanhar-nos com cara de amuada, lá conseguiu convencer os respectivos progenitores a deixá-la ir no teleférico. Foi comigo e com o meu petiz, toda contente. Os pais também andaram, atrás de nós, borradinhos de medo. O irmão e o mais-que-tudo colocaram-se no meio, não fossem certos olhares maternais dispararem sobre quem ia na dianteira.
A tarde trouxe-me uma dor de costas terrível, atenuada com descanso na horizontal, num dos muitos bancos de cimento. O gelado também ajudou à boa disposição e nem na loja de "souvenirs" nos rendemos aos "Eu quero", " Eu gostaria", "Mãe, posso", "Pai posso". Arre que os filhos conseguem ser uma sarna do caneco!
O jantar e serão calmos no hotel ajudaram a renovar energias para o dia seguinte. Jantar esse que não ficou nada atrás de pequeno-almoço que, de tão faustoso, evitou que almoçasse. Mais uma semana assim e eu chegaria à aldeia irreconhecível!
Já o terceiro dia, de regresso, obrigou a uma paragem em Óbidos, local que já não visitava há largos anos e onde o meu petiz nunca tinha ido. Lá, pôde assistir a um desfile com personagens medievais vestidas à época. Lá, conheceu o Carlos que, durante um momento de descanso, gentilmente lhe deu umas lições básicas de como pegar e dedilhar uma guitarra portuguesa. Lá, pegou numa réplica duma espada de cavaleiro que ainda manejou a seu bel prazer. Lá, adquiriu um arco e flecha, o único "souvenir" que lhe permitimos comprar durante os três dias. Lá, comeu o copo de chocolate que o pai usou para beberricar ginginha. Lá, concluiu que a vila tinha gente simpática! E eu concordei.
Multidões? Nada que me incomodasse. Ou se calhar, saímos da vila antes da malta chegar.