terça-feira, 25 de julho de 2017

Das farmácias e de uma farmácia em particular

Não sou cliente assídua de farmácias, felizmente, pois não tenho quaisquer razões de saúde para o ser. Nem os meus. Visito esporadicamente a que estiver mais próxima e que me permita atenuar a maleita temporária que nos tenha atingido. Não tenho qualquer razão para reclamar sobre qualquer farmácia ou profissional que me tenha atendido nas de Braga: normalmente são simpáticos, prestáveis, rápidos e lá fazem o sorrisinho da praxe, uns mais espontâneos do que outros, quando agradeço e nos despedimos.
Mas a verdade é que o atendimento na farmácia da minha aldeia, onde tive que ir há dois dias, supera em qualquer parâmetro de qualidade, o serviço prestado nestas farmácias citadinas.
Quando lá cheguei, as duas profissionais estavam ocupadas cada uma com o seu cliente, ambos já com uma idade bem afastada da minha. "Bolas, azar, isto agora vai demorar e nunca mais saio daqui", pensei eu com os meus botões. É verdade que esperei uns bons 10 minutos. Mas quando chegou a minha vez, percebi porquê e percebi, mais uma vez (já tinha tido a mesma experiência positiva quando decidi renovar o cartão de cidadão na "santa terrinha" em vez de o fazer na Loja de Cidadão de Braga), porque é que certos serviços públicos funcionam muito melhor em locais mais pequenos do que nas cidades: tive direito a um atendimento personalizado, durante o qual me foram mostradas as variadas opções para a resolução do problema (lesão no pulso), tendo a "menina" sido extremamente simpática, calma e esclarecedora, sem nunca ter mostrado qualquer laivo de impaciência por entretanto terem entrado mais dois clientes e que, como eu, estavam à espera há alguns minutos. Fiquei com a sensação de que, da próxima vez que lá voltar, já a "menina" saberá o meu nome. Pois que o do meu pai já sabia e reconheceu-o quando pedi o recibo em nome dele. Assim sim, vale a pena ir à farmácia (da aldeia)!

8 comentários:

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    1. Conheço, pois! A tal ponto que até adivinhei que serias a primeira pessoa a comentar. :)

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  2. Já experienciei isso na terrinha da minha avó. Se por um lado é coisa para irritar quando alguém vai a uma farmácia na curta janela de tempo da hora do almoço, por outro lado ilumina o coração perceber que os reformados possuem ali um pequeno escape para a solidão.

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    1. É que é mesmo isso, Eros: consigo imaginar o deleite do meu pai a ser atendido pelas "meninas" da farmácia. :)

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  3. Eu moro numa cidade, mas há 17 anos que frequento a mesma farmácia. Um atendimento excelente. Compro tudo o que posso comprar na farmácia, desde medicamentos a produtos de higiene e alguns de limpeza.

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    1. Maria, não tenho reclamações das farmácias aqui de Braga, a nível de atendimento. Mas lá na aldeia, aquele atendimento foi diferente, para melhor. :)

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  4. Por razões menos boas, faz cerca de 4 meses que todos os fins de semana rumo à aldeia do pai de macaquitos e lá passo todos os fins de semana e até alguns dias da semana. Pelas mesmas razões, comecei a frequentar a farmácia da aldeia, não acho as pessoas particularmente simpáticas mas também não me tratam mal. Prefiro mil vezes a minha farmácia na cidade, noutro dia entrei numa mercearia, daquelas à antiga, para comprar uns pêssegos daqueles que não há nos hipermercados, apeteceu-me largar os pêssegos na cabeça do casal de velhotes que me seguiram (literalmente) nos 5 passos que consegui dar no reduzido espaço. No café da aldeia, onde vou ao pão e beber um café pela manhã, tem várias empregadas, uma delas é tão mal-educada que até macaquito "goza" com ela, quando entra diz sempre muito alto "Bom dia, meus senhores. Peço desculpa por não ter dito logo bom dia." No mini-mercado, é o único local onde me sinto bem-tratada, isto porque a maioria das funcionárias não são da aldeia. O que acontece desde sempre ali, é que eu sou a menina da cidade que roubou um dos homens da aldeia. Hoje como à cinquenta anos atrás...

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    1. Bolas, Be, esse relato é mesmo antagónico aos meus relatos de aldeia. Para já, têm sido positivos. Agora concordo que algumas pessoas duma aldeia possam ser mais rudes, naturalmente mais rudes, do que outras que vivam num meio maior, mais urbano. Noto isso quando vou a Tràs-os-Montes e é característica que não me incomoda lá. Sei que são naturalmente assim, algo desconfiados dos de fora...

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Olha, apetece-me moderar outra vez! Rais' partam lá isto!

P.S.: Não sou responsável por aquelas letrinhas e números enfadonhos que pedem aos robots que cá vêem ler-nos.

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

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