Há uns anos estraguei um poema de Fernando Pessoa, com a versão que escrevi e publiquei na altura e que revelo novamente:
Ai que
prazer
Não postar
diariamente
Ter um blog para manter
E não o fazer.
Publicar torna-se monótono
Partilhar on-line é quase
nada.
O sol doira sem blogosfera
O rio corre bem ou mal,
Sem edição original e pessoal.
E a brisa, essa, de tão
naturalmente matinal
Como tem tempo, não tem pressa.
Blogs são páginas virtuais
Cheias de bits e bytes
Partilhar é uma coisa em que está
distinta
A diferença entre “o meu” e “o
nosso”.
Quanto melhor é quando há clicks
Esperar por O Comentário,
Quer venha ou não.
Grande é a escrita, a emoção e os
comentários ziguezagueantes
Mas o melhor da Internet é o
mundo aos nossos dedos
Imagem, música, cores e as
palavras
Que nos atingem
Só quando, em vez de aquecerem,
magoam.
E mais do que isto
É Jesus Cristo
Que não sabia nada de computação
Nem consta que tivesse Internet.
Posto isto, o desafio que se segue é:
- escolham um poema em língua portuguesa, de autor/a conhecido/a (preferencialmente)
- ajavardem a versão original
- publiquem-na nos vossos blogues e venham cá avisar, sff
- rezem para não terem pesadelos causados pelos fantasmas dos falecidos autores (se é que já finaram, claro) ou para que os autores vivos não vos metam um processo por heresia intelectual-literária.
- Acima de tudo, divirtam-se!
Elah, isto para mim é mesmo um desafio!! Deixa la ver se o consigo superar.. :)
ResponderEliminarMustache, nada de perder o sono à conta disto :P
EliminarSe eu me dedicar à causa, é provável que não durma! :)
EliminarEntão dorme, instead of... :P
Eliminardevias de ter dito ql o poema que usaste ou transcreve-lo para termos uma ideia de javardice que fizeste LOL :D
ResponderEliminarVintense, aqui vai:
EliminarLIBERDADE
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
ResponderEliminarHaja inspiração mulher!
Para participar teria de escolher algum poema ou algum poeta de quem não goste... assim não teria problemas com pesadelos!!
hehehe
Não prometo nada... se me decidir (tradução: se tiver tempo) aviso, ok?
Beijinho a saber a menta (não comi chicolate... apenas acabei de mascar uma chicla de mentol)
(^^)
Afrodite, tu arranja-la, se quiseres :P
EliminarBeijocas :)
O meu contributo lá está, no encantador.
ResponderEliminarToma lá beijos leoninos!