As pedras quentes calcorreadas por pés enfiados em botas de montanha usadas num passeio de quase duas horas, longas para ela, uma brincadeira para ele, contrastavam com a água límpida e gelada que lhes corria pelas mãos, ao refrescarem a cara debaixo dum calor seco, tórrido que lhes amolecia o espírito, mas não os membros.
Sabiam que a recompensa por este esforço físico estaria próxima. A lagoa verde acizentada, reflexo da verdura frondosa e rochas circundantes, situava-se uns bons metros sempre a subir do ponto onde se encontravam. Ainda teriam que penar mais um pouco, mas o sacrifício valeria a pena, pois esperava-os uma surpresa revigorante, ainda que gélida, como o são as águas de nascente.
Após uns largos passos e metros a suarem as estopinhas, esbaforidos, sem fôlego, chegaram ao destino e descansaram: ambos de mãos nos quadris e tronco inclinado para a frente, a respirarem ruidosamente, bochechas reluzentes e coradas, mas a sorrirem um para o outro e não se importando com as gotículas de suor que lhes escorriam pela face, deram o tão merecido primeiro beijo que os levaria para outras alturas.O barulho emanado da água a correr violentamente da cascata e a chocar contra as rochas e a água da lagoa abriu-lhes ainda mais o apetite para o banho dos corpos quentes, a necessitarem urgentemente de se livrarem das vestes desportivas.
De mãos dadas e nus, deram o salto.
Conheço algumas cascatas dignas da cena que relatas, e não é preciso ir ao Hawai para as encontrar. Infelizmente nunca fui a nenhuma com uma companhia única e tão interessante como a que relatas, mas imagino a cena seguinte, se partilho na esperança de merecer a tua aprovação.
ResponderEliminarPoucas sensações são mais intensas do que o fresco da água nas zonas sensíveis habitualmente cobertas. No momento em que regressaram à superfície da água os seus olhos demonstravam o adiantado estado de excitação que já sentiam. Mais brincalhona, ela empurrou-lhe a cabeça para baixo de água e nadou para longe, sabendo que ele facilmente a alcançaria com duas ou três braçadas. Ele mergulhou e puxou-a por uma perna, entrelaçando as suas à volta da cintura da rapariga e deixando que a parte visível da sua vontade encostasse no peito dela. Com um beliscão bem apertado nas nádegas ela conseguiu que a soltasse e foi a sua vez de entrelaçar as pernas no tronco dele, rodopiando um à volta do outro até que o rapaz deslizou pelo anel que o apertava até que a sua cabeça fosse a única parte do corpo apertada. Pouco tempo durou esse número, já que ela o soltou e deslizou para fora de água, deitando-se, convidativa, numa rocha próxima, em forma de chaise longue.
Eh lá! Ness, estás perdido a estas horas??
ResponderEliminarGostei da inesperada continuação! :)
Por mim, deixo que outros e outras participem neste relato, se quiserem. Que tal?
Agora deu-lhe para lamechices torguianas...
ResponderEliminarMano, eu deixo que participes nas lamechices, se quiseres. E isto pode não ter nada de torguiana, ou alguma coisa te indica que isto se passa em Portugal? :P
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