domingo, 9 de abril de 2006



(Foto daqui)

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Sábado à noite, petiz em casa da sogra e toca a ir na direcção de Aveiro para uma ida ao cinema. A outra opção seria ficar na "terrinha" a ver as "Bandidas". Fomos sensatos.
O mais-que-tudo mostrava-se apreensivo já que da última vez a escolha também foi minha (Match Point) e ele só não adormeceu porque eu passei o filme a dar-lhe cotoveladas já que, para o ouvir ressonar, prefiro ouvi-lo em casa. Adiante...
Dei por muito bem empregue os dez euros e as mais de 2 horas passadas naquela salinha, com mais meia dúzia de gatos pingados. De salientar que não se ouviu um único toque de telemóvel nem pessoas a devorarem pipocas.
Quanto ao filme: fantástico!
O nosso herói/vilão, que mantém este estatuto até ao final, é um perfeito cavalheiro, ardiloso e manipulador, que, com muita astúcia, inteligência, e calculismo consegue conciliar uma vingança pessoal, que recai sobre os seus "criadores" destinados a uma morte certa e sempre bem acompanhados por uma "Scarlet Carlson", com uma revolução popular inglesa à qual militares armados não conseguem fazer frente. Tudo isto tendo como pano de fundo Londres e monumentos seculares que são totalmente destruídos durante espectáculos de pirotecnia ao som de "1812", de Tchaikovsky, propagado por altifalantes em toda a cidade.
A nossa mocinha, Evey, é salva de uma morte certa pelo nosso V, que, inesperadamente se apaixona por ela. A história de amor é clássica e à "moda antiga" e acaba fatalmente para um deles. Não podia ser de outro modo, tendo em conta as limitações físicas de V. Ela descobre em si própria uma força e coragem que desconhecia, enfrentando longas horas de tortura, perpetradas por...(depois descobrem :P) em nome da liberdade e de valores totalmente aniquilados por um governo totalitário que eficazmente controla os mass media. A tal ponto que a lavagem cerebral a que foram sujeitos os habitantes de "old Albion" só lhes permite sentir medo do seu governo e resignar-se perante a vidinha que lhes é imposta. Passados 415 anos, a história repete-se, desta vez ficcionada.
Muitas referências políticas, literárias e históricas, nomeadamente a "Guy Fawkes", Orwell, "MacBeth", história de Inglaterra e da Irlanda, ao holocausto, à época de Tatcher...não é fácil de visionar, mas prende a nossa atenção do primeiro segundo até ao fim. Todos os detalhes são importantes. Não se sente felicidade e/ou êxtase a ver este filme, mas sim um grande incómodo, um choque, uma amargura e revolta.
Fico-me por aqui, já que não sou crítica e até já revelei demais. Recomendo vivamente!
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(Nota pessoal: a rever, se possível, noutra sala de cinema!)

5 comentários:

  1. Perdoa-me mas não li o post. nunca leio estas porras quando tenho intenção de ver o movie... quanto ao post antigo, é claro que existem muitas razões para que possa acontecer, mas não considero nenhuma delas válida.

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  2. bem... que inveja... aveiro tem aqueles docinhos de ovos moles qeu eu adoroooo!!!

    quanto ao filme: tb adorei! a natalie portman é sem dúvida a minha actriz favorita!

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  3. BOm Dia!Querida Amiga...
    Ora cá estamos de Novo para mais uma semana de Martirio.
    Beijos e boa semana!

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  4. Ainda não vi :(
    Mas o meu irmão foi ver e também curtiu!!
    ;)

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Olha, apetece-me moderar outra vez! Rais' partam lá isto!

P.S.: Não sou responsável por aquelas letrinhas e números enfadonhos que pedem aos robots que cá vêem ler-nos.

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

Save water, drink wine! Ando muito ecologista! E estou viva! Ao contrário da outra que deu de frosques sem ai, nem ui! E tinha muita coisa p...