terça-feira, 10 de maio de 2011

Opinião anti-facebook

Eu comecei a usar e a frequentar a internet há cerca de 12 ou 13 anos, ao mesmo tempo que descobria o que era um computador e como podia ser usado. De lá para cá já muita coisa se passou: frequentei salas de chat, tive ICQ (quem é que ainda se lembra disto?), abri e fechei blogues (sendo este o meu primogénito e que ainda respira), aprendi para que serve um computador, o que se pode fazer e não deve fazer na "cloud" (termo recentemente aprendido após gesto generoso do Gajo), uso frequentemente o messenger do yahoo e do windows live, leio blogues e jornais, jogo gamão online, observo o petiz a jogar Club Penguin... enfim, penso que faço o que a grande maioria das pessoas faz quando tem um computador ligado à Web à sua frente. No entanto, tenho aversão a certas modas: nunca usei o twitter, não sou assinante ou subscritora (ou lá como se chama) de redes sociais, à excepção do facebook,  e não gosto do facebook.

Sei que remo contra a maré, pois até os meus catraios da escola pedem para ser meus amigos, mas faz-me impressão a necessidade que as pessoas têm de se divertirem com vacas e ovelhas virtuais ou de dizerem o que lhes ocorreu enquanto mandavam a bela da ca**** ou o vídeo que acabaram de descobrir...ou isto, aquilo e aqueloutro que por lá se faça. Sim, eu tenho conta lá, que devo verificar 2 ou 3 vezes por mês, apenas para apagar e bloquear convites que ainda me vão chegando para me juntar a esta causa ou responder a esta pergunta. Dos cerca de 70 a 80 amigos que por lá andam, talvez 10 ou 12 sejam "estrangeiros", com quem ainda mantenho contacto via outros meios. Dos restantes, conheço-os pessoalmente e por esta razão, não quero saber o que por lá partilham. Se eu quiser falar com eles, sei para onde telefonar, que caraças! Faz-me impressão a facilidade com que algumas pessoas partilham a sua vida privada lá. O mesmo se pode dizer nos blogues, pois também eu, de vez em quando, abro a porta do lar aqui neste que estão a ler, e como eu, tantos outros e outras. Mas eu acho que partilhar aqui é diferente de partilhar lá. Posso estar enganada. Mas faz-me impressão a interacção existente por lá, tão exposta aos olhos do mundo. Faz-me impressão o tempo que as pessoas parecem lá passar a jogar e a trocar comentários e a envolverem-se em picardias. É ou não é muito melhor ir dar milho às galinhas da vizinha e espetar um murro a sério nalgum patife que nos chateie?

A sério, custa-me a aceitar esta moda!


1 comentário:

  1. Concordo com basicamente tudo, embora ache de particular utilidade ter 1423 amigos e todos eles ficarem a saber ao mesmo tempo a felicidade que me trouxe a ca**** da manhã: dá um significado mais tecnológico ao clássico "when the shit hits the fan" :)

    O twitter uso apenas como bookmark list quando calha.

    No fb tenho uma conta apenas para ir controlando o pessoal e arranjar qualquer coisa para os entalar, ou para me armar fingindo um conhecimento obtido através de um raciocínio dedutivo, o que se consegue com uma facilidade surpreendente :) mas realmente torna-se dispensável a lista interminável de presentes que os "amigos" encontram na puta da quinta virtual.

    A vida privada de vez em quando (será que com o acordo já se escreve enquando?) lá escapa no blog, mas nada de muito crítico.

    E concordo com aquilo da vizinha boa como o milho sem pés de galinha.

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Olha, apetece-me moderar outra vez! Rais' partam lá isto!

P.S.: Não sou responsável por aquelas letrinhas e números enfadonhos que pedem aos robots que cá vêem ler-nos.

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

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