segunda-feira, 9 de maio de 2016

O sentimento de culpa é fodido

E de vez em quando regressa para me matraquear a moleirinha. Isto porque, enquanto e quando física e presencialmente pude fazê-lo, nunca disse à minha mãe o quanto gostava dela. Muitos momentos de ternura houve, muitos gestos de carinho, muitas surpresas boas causadoras de lágrimas emotivas, mas verbalizá-lo, para que não houvesse dúvidas, é que nunca foi feito.
É com este argumento - de nunca o ter feito com a minha progenitora - que hoje, eu, mãe babada e orgulhosa, todos os dias o digo ao meu rebento. Sentido e com muito prazer. Para que ele nunca duvide de tal, por muito chata, resmungona, massacradora e implicativa que eu seja.

2 comentários:

  1. Palavras leva-as o vento. São as atitudes e sobretudo a coerência de ações de uma uma vida inteira, por encurtada que seja, que definem o que as pessoas significam para nós. Certamente nunca houve dúvidas quanto aos sentimentos :)

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    1. Ness, olha que não sei. Não posso dizer que tivesse tido uma infância calorosa, ternurenta, no que à minha mãe diz respeito. Mais tarde, para lá da adolescência, ouvi-a muitas vezes comentar com outras pessoas, referindo-se a mim como "fria e distante", "nada beijoqueira". :)
      Era bom, era, que o vento levasse certas palavras. Mas não acontece sempre. :)

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Olha, apetece-me moderar outra vez! Rais' partam lá isto!

P.S.: Não sou responsável por aquelas letrinhas e números enfadonhos que pedem aos robots que cá vêem ler-nos.

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

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