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A mostrar mensagens de junho 12, 2012

Continuação da continuação

O Ricardinho não alcançou tão longe; nem sequer saiu do país. Mesmo assim, conseguiu chegar à capital, a cidade de que tanto tinha ouvido falar e com a qual sempre tinha sonhado, desde que leu “Uma Aventura em Lisboa”, com a tenra idade de 6 anos. Desde sempre se mostrou um miúdo intelectualmente precoce, com gostos literários distintos da maioria dos seus colegas de escola, semelhantes apenas aos do Zezinho devido ao gosto comum pelo obscuro, pelo mórbido, até pelo terror. Com 9 anos, já tinha lido Edgar Allan Poe traduzido, e, na brincadeira, os seus coleguinhas mais cruéis, chamavam-lhe “o adorador de monstros”. Mas regressemos à capital lusa... Lá, teve a grande sorte de se cruzar na estação de Santa Apolónia com outro miúdo, de aspecto franzino e algo carrancudo, com quem logo sentiu bastante empatia, após uma horita a conversarem sobre os planos que este tinha. O que até  estranhou, pois na aldeia nunca foi dado a grandes amizades e a momentos de exteriorização, à excepção d...