Os cavalheiros também usam vernáculo
(imagem daqui ) Se Schiele fosse vivo, certamente morreria depois de ver despedaçada a sua obra que retrata momentos de luxúria lésbica. Estando morto, permanece viva a não-obra do inexistente artista checo Van Hoytl, à volta da qual anda o enredo do excelente filme que só ontem vimos, alugado, pela primeira vez. E hoje, pela segunda. E das duas vezes achei-lhe grande piada: pelas cores retro, pelo ambiente decadente que perdura apesar da passagem do tempo, pela elegância ilusória dum local sofisticado à época no meio de bosques frondosos e brancos, pela linguagem cavalheiresca interrompida pelo vernáculo que estala no meio de declamação de poesia romântica, pelos súbitos momentos disparatados e hilariantes, pela música que impregna um ritmo apressado à acção, pelo jeito que um oficial alemão dá a uma viagem de um apátrida e de um old friend , pela caracterização física dos maus da fita medonhamente protagonizados por personagens escuras e sem escrúpulos, pelos 4 pr...