Do Calisto, da Teodora, do Libório e Comp.ª
Com alguma expectativa iniciei a leitura dum clássico da literatura portuguesa que, felizmente, não é lido nem interpretado durante a escolaridade obrigatória. Felizmente, porquê? É que aquelas páginas usam duma linguagem arcaica, irritante, muito pouco facilmente perceptível pela maioria dos jovens, digo eu. Estou ainda a lê-lo e apetece-me ter ali ao lado um dicionário de português arcaico. "Mas então porque estás a lê-lo?" - perguntam vossas excelências. Ao que respondo que me foi sugerido por alguém cujas sugestões literárias normalmente aprecio, desde que não incluam poesia. "Ok, boa razão; mas eu também já te sugeri livros e não te leio aqui a discorrer sobre eles" - retorquem alguns de vós. Ao que eu contra-argumento que é verdade, verdadinha. Mas nunca nenhum de vós me disse que "aquele tipo de humor, Camiliano, é a tua cara." Pronto: bastou isto para eu querer saber "como era a minha cara". Até pensei inicialmente, quando comecei a a...