quarta-feira, 23 de julho de 2008

Talentos - II

Entre os muitos que não tenho, há aquele de conseguir lembrar-me facilmente de nomes de pessoas e de terras e ruas. Se me perguntarem onde é a Praça da República aqui em Braga, a minha resposta será certamente "não faço a mínima ideia"; se me perguntarem como se chama o Chefe de secretaria da minha escola, idem aspas aspas. Das janelas deste apartamento, vejo o Sameiro e o Bom Jesus, mas saber qual é qual já é mais complicado; se me perguntarem qual o meu pior aluno dos últimos 13 anos, consigo perfeitamente lembrar-me da cara e descrevê-lo como se estivesse à minha frente, mas o seu nome já ficou para a História. Vem isto a propósito do Pico do Areeiro e do Pico Ruivo, que, para quem ainda não sabe, situam-se na Madeira e são dois locais-chave para quem gosta de fazer passeatas ao ar livre. Estava eu e mais alguém na conversa acerca de férias, passeios, locais visitados e a visitar quando me lembrei daquele inesquecível episódio da minha lua-de-mel, há quase 9 anos atrás, que quase arruinou o que supostamente deveria ser a semana mais feliz da minha vida. Eu, uma estreante, que nem sequer era, e continuo a não ser, grande adepta de passeios pedestres, lá me deixei convencer pelo mais-que-tudo a ir fazer uns quilómetrozitos entre estes dois picos. Acreditem: fui e vim, mas cheguei quase morta, nos dias seguintes não conseguia dar um passo que fosse, quanto mais levantar as pernas para o que desse e viesse, roguei pragas até mais não, jurei que nunca mais!
Isto tudo para dizer que, se não fosse esta pessoa a mencionar os nomes destes picos, por muito descritiva que conseguisse ser, nunca me lembraria dos nomes dos pontos de partida nem de chegada desse "passeiozito".

Pronto, tá bem! Mas eu já nem reconheço as entranhas disto!

Save water, drink wine! Ando muito ecologista! E estou viva! Ao contrário da outra que deu de frosques sem ai, nem ui! E tinha muita coisa p...