Pois então vou partilhar com o mundo, vossas excelências incluídas, o "porquê" do papagaio...talvez eu própria entenda o "para quê". Nunca tive qualquer bichinho de estimação, daqueles aos quais nos afeiçoamos, com quem brincamos e não reparamos que o tempo voa, a quem tratamos como elemento da família - mas sei que gostaria de ter tido um, quando era catraia. Contudo, os meus pais não eram nada abonados e nem sequer tinham uma casa com condições para alojar o bicharoco. Eu apenas convivia com os bicharocos alheios, a quem achava imensa piada fazer umas festinhas de vez em quando. Lembro-me do Sultão, um pastor alemão ternurento com quem passava parte dos meus verões na Charneca da Caparica....lindo! Desapareceu... Sempre que pensava neste assunto, imaginava-me como dona de um belíssimo São Bernardo, imponente e pachorrento ao mesmo tempo, peludo, de olhar meigo, com quem pudesse rebolar na Serra da Estrela. A verdade é que este bicho não fica nada barato e precisa ...