É que não podia ter vindo em melhor altura, o timing da aquisição foi perfeito depois do fim-de-semana alojada numa certa quinta. Sabem aquelas propriedades enormes, alentejanas ou ribatejanas, de aspecto árido, onde nunca se vê ninguém sob um sol abrasador que mata a vontade de trabalhar a qualquer um? Pois até à página 35 - com excepção destes minutos em que vos escrevo excitadíssima, devido às semelhanças do que vi e do que leio e ainda do que imagino - ainda não despeguei os olhos de tantas letras. Sabem aquelas palavras já em desuso que os citadinos não conhecem, quanto mais usar, do género "caseiro", "governanta" e "feitor"? É que tem quase tudo a ver com o que imagino que tenha sido, em tempos não assim tão distantes, o ambiente na tal herdade ribatejana quinhentista de sábado e domingo passado: um proprietário solitário, cortês, respeitador, que sabe ser "o patrão", rodeado pelas "Manas" octogenárias que governam a casa, bisbilhoteiras quanto baste, e uma hóspede inglesa jovem, loira, libertina e socialmente indisciplinada que destoa absolutamente da paisagem e que se vê a contas com a justiça portuguesa, sem saber muito bem como.
Se isto não soa muito melhor do que a tarde que vou ter...Ai não, que não soa!
Não te invejo o fado...embora essa "hóspede inglesa jovem, loira, libertina" me tenha deixado a pensar... Essa sim soa melhor que a tarde que vou ter... Ai não, que não "sua"...
ResponderEliminar;)
Ai suei, suei, Anónimo. Mas só ao final da tarde, que Braga nestes dias é uma estufa infernal.
ResponderEliminarQuanto ao livro, vou voltar a pegar nele daqui a minutitos. Era livro para me acompanhar noite dentro, caso não tivesse upa-upa amanhã mais cedo do que tem sido habitual. :)