Diamantes de sangue
A minha vontade de ver televisão, nos últimos anos, resume-se a ver notícias, um documentário ou outro, algumas séries na Rtp2, e muitos, muitos desenhos animados. O mais-que-tudo assiste a programas desportivos e a alguns semanais de política local. Poder-se-ia pensar que, tendo um dvd player nesta casa já há alguns anitos, faríamos bom uso deste, com o aluguer frequente de filmes de adultos (e não para adultos). Mas não é o que acontece neste lar. Irmos ao cinema é sempre imprevisível, pensado uma hora, ou pouco mais, antes do filme começar e está dependente da boa-vontade de terceiros, mas tem acontecido. E talvez por isto apenas ontem nos fizemos sócios do clube de vídeo ali da esquina. Obviamente, não discorrerei das vantagens óbvias desta situação, nem de como as nossas idas intermitentes a agradabilíssimas salas de cinema irão diminuir.
Ora então, o que é que vimos ontem? Tarzan 2 (não se riam!) e o mencionado no título, que com certeza, já foi visionado por milhares de portugueses.
Trágico, triste, comovente, apelativo, selvagem, revoltante, sensual, cínico, cruel, materialista, ambicioso - acrescentem vós os vossos - ... todos estes eu associo a este filme que retrata a exploração pseudogloriosa (porque esclavagista) de diamantes na Serra Leoa, na Libéria e não sei em quantos mais países africanos. Surpreendeu-me positivamente a interpretação do Leonardo, de quem, após o ter visto a afundar-se num barco, não tinha ficado com grande impressão. Gostei do seu sotaque inglês-rodesiano, da sua evolução de personagem interesseira, desconfiada, materialista e esperto como um alho para um homem que descobre sentimentos encobertos, como a amizade, a generosidade...para não falar dos outros menos encobertos, mas subtilmente pressentidos cada vez que contracenava com a jornalista.
Apesar de ter adivinhado algumas das sequências de acontecimentos, como o encontro quase fatídico entre o pai feito escravo e o filho transformado em menino-guerreiro,eu não contava com um final onde a morte surpreende Archer, permitindo-lhe ainda, enquanto a sua vida se esvaía de fininho, recordar as palavras do Coronel, que lhe disse que eles nunca sairiam daquele continente de terra vermelha e vermelho de sangue.
P.S.: Olha lá, pá, que raio significa "psicosome-te"? Cá para mim, aprendeste isso há pouco tempo e depois de tomares umas ganzas, não perdeste oportunidade de usares essa coisa. Valha-me S. João!
Apesar de ter adivinhado algumas das sequências de acontecimentos, como o encontro quase fatídico entre o pai feito escravo e o filho transformado em menino-guerreiro,eu não contava com um final onde a morte surpreende Archer, permitindo-lhe ainda, enquanto a sua vida se esvaía de fininho, recordar as palavras do Coronel, que lhe disse que eles nunca sairiam daquele continente de terra vermelha e vermelho de sangue.
P.S.: Olha lá, pá, que raio significa "psicosome-te"? Cá para mim, aprendeste isso há pouco tempo e depois de tomares umas ganzas, não perdeste oportunidade de usares essa coisa. Valha-me S. João!
Gostei mais do mocito nos Gangs of New York. O DVD tem um raio dum defeito... Um gajo põe-se a ver filmes nas noites de fim-de-semana, deita-se tarde, dorme pouco e depois anda durante a semana a penar...
ResponderEliminarNão fosse o facto de a regra ser apenas uma palavra que associasse ao blog, eu teria escolhido Chico Fininho. E aí, queria ver como te safavas! :)
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