Vermelho e árido, e com água
Pensei eu que ia dormir a sesta hoje à tarde, em frente a um ecrã gigante numa sala escura. Em vez disso, alugámos, por €12,30, uma sala enorme, com imensas cadeiras vazias - excepto as nossas três - e som suficientemente alto que impediu a nossa tagarelice enquanto visionávamos o Matt Damon perdido em Marte. Bem melhor do que estava à espera: um filme que dura mais de duas horas, capaz de captar a minha atenção desde os primeiros minutos e mantê-la até ao fim, passado maioritariamente num planeta vermelho, frio, inóspito, habitado somente por um botânico-astronauta que mantém, durante quase dois anos, uma resistência física, mental e psicológica perante a situação de solidão desesperante que enfrenta segundo a segundo, ao mesmo tempo que o seu nível de humor permanece num patamar bastante elevado. Incrível a sua capacidade de, com merda humana, fazer agricultura num local onde a água não abunda. Incrível a capacidade mental posta à prova diariamente de ser bem sucedido na...