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A mostrar mensagens de junho, 2008

Constatação de um facto

Amanhã é feriado e hoje já não faço a ponta dum corno, a não ser esticar-me na horizontal! Que tarde!

Resumindo...

Nada como um fim-de-semana de calor e chuva para pôr certos assuntos em dia, como lutas de almofadas, coscuvilhices e coiso e tal.

Talentos - I

Eu tenho um talento que não conheço a mais ninguém. Não quer dizer que não haja outras pessoas a fazer o mesmo que eu e até melhor; eu é que não as conheço. O meu talento é completamente inútil. Não consigo descortinar qualquer benefício para mim ou outros, a não ser o de pura exibição e o aparecimento de alguns sorrisos de espanto. Eu acho que até me sairia bem num daqueles concursos estúpidos de televisão, diários, que só servem para encher chouriços. Não há maneira de provar pela escrita o quão talentosa eu sou, por isso é mesmo uma questão de acreditarem nestas palavras. Se um dia me conhecessem pessoalmente, teriam oportunidade de perguntar quantas letras tem uma palavra qualquer, até uma frase, e eu dir-vos-ia o número exacto, sem hesitações, enquanto o diabo esfrega o olho. Só funciona com a língua portuguesa, mas ando a esforçar-me para me aperfeiçoar na língua inglesa. :)

O meu avô alfaiate

O meu avô materno chamava-se Valdemar. O meu avô Valdemar era alfaiate, brasileiro de nascença e perneta por infortúnio da vida. Sempre o conheci assim, e confesso que não consigo imaginar como é que a minha avó Elisa conseguiu, aos 15 anos de idade, sentir seja o que for por alguém fisicamente diferente (à falta de melhor termo que não tenha sentido negativo) e com quase o dobro da idade dela. O meu avô brasileiro e perneta, após umas aventuras na sua terra natal, estabeleceu-se em Portugal com um negócio que, à data, se apresentava promissor e como garantia de ganha-pão da família. A alfaiataria que refiro num texto anterior era dele e era para lá que eu ia ao final do dia, após os meus dias de escola. Era lá que encontrava toda a minha família (mãe, avó e avô, tios), à excepção do meu pai, que esse decidiu ir por outros rumos. O meu avô Valdemar era mau como as cobras e durante muitos anos usou e abusou da sua muleta no lombo da minha avó. Até ao dia inesquecível para ambos em que...